Da Redação
A Bronca Popular
A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) deu mais um passo rumo à irrelevância política ao votar favoravelmente ao Projeto de Lei que desmonta a legislação ambiental brasileira.
Aprovado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (17) por 267 votos a 116, o texto fragiliza o licenciamento ambiental, escancarando as portas para mais desmatamento, degradação e injustiça ambiental — tudo sob o pretexto de “desburocratizar”.
Com chances ínfimas de reeleição e sem protagonismo no Congresso, a parlamentar se alinha aos setores mais predatórios da política nacional: ruralistas radicais, mineradores de ocasião e os eternos defensores do lucro fácil à custa da natureza e das comunidades tradicionais. É a velha política vestida de farda.
O projeto permite, entre outros absurdos, a liberação automática de licenças ambientais por autodeclaração, retira o poder do Ibama e do Conama em casos críticos, como a mineração de alto risco, e facilita o corte de vegetação nativa da Mata Atlântica. Também exclui da análise de impacto áreas ainda não tituladas por indígenas e quilombolas — um claro ataque aos povos tradicionais.
Enquanto o Ministério do Meio Ambiente e o líder do governo orientavam voto contrário, Coronel Fernanda marchava no sentido oposto ao da ciência, do bom senso e do futuro. Sua decisão explicita o alinhamento com uma pauta atrasada, que trata a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica como terras sem dono, prontas para serem pilhadas.
Com essa escolha, a deputada confirma sua desconexão com os anseios da população e o espírito do tempo: um tempo que clama por sustentabilidade, justiça ambiental e responsabilidade climática. Ao ignorar esses valores, ela não só falha com o Brasil, como assina sua própria sentença de fim de carreira.
Fonte: abroncapopular