Conteúdo/ODOC – O deputado federal Coronel Assis (União) justificou seu voto pela liberdade de Chiquinho Brazão, ex-membro do União Brasil e acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, utilizando suas redes sociais. No antigo Twitter, o deputado afirmou que manter a prisão de Brazão é um desrespeito à Constituição Federal e que sua prioridade é garantir que os criminosos paguem por seus atos.
“É crucial que haja consequências legais caso Brazão seja considerado culpado do crime em questão. No entanto, como defensor dos princípios constitucionais que jurei proteger ao assumir como deputado federal, não posso permitir que pressões externas influenciem meu voto”, declarou Assis.
O deputado enfatizou que desrespeitar a Constituição abriria precedentes perigosos, ameaçando as liberdades fundamentais da democracia brasileira. Ele argumentou que é necessário seguir os processos legais adequados e, se a culpa de Brazão for comprovada, a punição deve ser aplicada conforme a lei.
Assis também divergiu da posição de sua colega de partido, Gisela Simona, que votou pela manutenção da prisão de Brazão. Em entrevista ao Olhar Direto, Simona relatou ter enfrentado grande pressão no Congresso durante a votação, mas afirmou que não poderia contradizer suas convicções. “A pressão aqui hoje foi gigante. Mas não poderia contrariar o que falo”, afirmou Simona, destacando que já havia se posicionado a favor da prisão e expulsão de Brazão.
A votação na Câmara resultou na manutenção da prisão de Brazão, com 277 votos a favor, 129 contra e 28 abstenções. Apenas três deputados de Mato Grosso, incluindo Gisela Simona, votaram pela manutenção da prisão, enquanto os demais membros das bancadas do PL e União Brasil votaram pela libertação de Brazão, argumentando que o crime não era inafiançável e que o Supremo Tribunal Federal havia ignorado as prerrogativas do Congresso ao ordenar a prisão.
Fonte: odocumento