A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance nas águas territoriais a leste do país, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, citado na quinta-feira (28) pela agência norte-americana Associated Press (AP).
O evento acontece na véspera da visita na sexta-feira (29) de Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, que vem para falar com Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul, algo que Washington diz ter o objetivo de reforçar a aliança e enfrentar a Coreia do Norte.
O Estado-Maior Conjunto sul-coreano detalhou que os dois mísseis foram lançados em um intervalo de dez minutos e que as “provocações” de Pyongyang terão o efeito oposto ao esperado pela liderança norte-coreana.
Toshiro Inu, vice-ministro da Defesa do Japão, por sua vez, afirmou que as Forças Armadas do país detectaram que os mísseis voaram em uma trajetória irregular, condenando a ação.
“Os disparos repetidos de mísseis da Coreia do Norte em meio à invasão da Ucrânia são inadmissíveis”, apontou Inu.
Ambas as fontes calculam que os mísseis voaram de 300 a 360 quilômetros e atingiram altitudes de 30-50 quilômetros, com alguns analistas teorizando que se tratava de armas com capacidade nuclear e de grande manobrabilidade baseadas no míssil Iskander russo, segundo a AP.
Na segunda-feira (26) começaram exercícios navais conjuntos entre a Coreia do Sul e os EUA, que envolvem a participação do USS Ronald Reagan, porta-aviões americano movido a energia nuclear, e são os primeiros desse tipo desde 2017. Eles dizem que o objetivo é melhorar a interoperabilidade e confrontar Pyongyang, enquanto a Coreia do Norte declara que são possíveis preparativos para um ataque.
A Coreia do Norte tem lançado um número recorde de mísseis neste ano e se declarou uma potência nuclear, autorizando o uso preventivo de armas nucleares contra o que diz serem ameaças ao país.