Copom Eleva Selic para 15% e Leva Juros ao Maior Patamar Desde 2006


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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18) elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando os juros básicos da economia brasileira de 14,75% para 15% ao ano. Esta é a sétima alta consecutiva e representa o maior patamar desde julho de 2006.

A decisão não era consenso entre analistas. Uma pesquisa do BTG Pactual, divulgada horas antes do anúncio, mostrava o mercado financeiro dividido: 51% apostavam na manutenção da taxa, enquanto 49% esperavam nova elevação. O cenário econômico mais complexo dos últimos meses, com inflação persistente e sinais mistos da atividade econômica, contribuiu para a divisão.

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No comunicado que acompanhou a decisão, o Copom destacou que os “indicadores de atividade econômica seguiram resilientes” e que a “inflação de serviços permaneceu pressionada, sem sinais mais consistentes de moderação”. A autarquia também reforçou a preocupação com a “desancoragem das expectativas de inflação” e indicou que um novo ajuste pode ser necessário na próxima reunião.

A pressão inflacionária permanece acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% ao ano. Em maio, o IPCA — índice oficial de inflação — acumulou alta de 5,32% em 12 meses, uma leve desaceleração frente aos 5,53% de abril, mas ainda distante da meta.

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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já havia sinalizado no início do mês que o ciclo de alta ainda estava em aberto. “Estamos ainda discutindo o ciclo de alta. A flexibilidade significa que estamos abertos a chegar na próxima reunião para tomar essa decisão sobre o que fazer”, afirmou em evento do Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP).

A nova composição do Copom também chamou atenção: desde o início de 2025, o colegiado passou a ter maioria de integrantes indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — sete dos nove membros. Isso significa que a decisão atual reflete, em grande parte, a visão da atual gestão.

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A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para conter a inflação. Ao elevar os juros, o BC encarece o crédito, reduz o consumo e tenta frear a alta dos preços.

O atual ciclo de aperto monetário começou em setembro de 2024, quando a taxa estava em 10,5%. Desde então, foram sete aumentos consecutivos: um de 0,25 ponto em setembro, um de 0,5 em novembro e três de um ponto percentual entre dezembro e março, antes da elevação de hoje.

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A próxima reunião do Copom está prevista para agosto.

Abaixo a íntegra do comunicado do Copom:

​O ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica.

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Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado algum dinamismo, mas observa-se certa moderação no crescimento. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 5,2% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência (Tabela 1).

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Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, seguem mais elevados do que o usual. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impactos sobre o cenário de inflação; (ii) uma desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza; e (iii) uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.

O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.

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O Copom decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 15,00% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado.

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Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

 

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Fonte: gazetabrasil

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