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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define nesta quarta-feira (18) se manterá a trajetória de aumentos da taxa Selic ou encerrará o ciclo de seis elevações consecutivas. Atualmente, a taxa básica de juros está em 14,75% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2006.
A decisão acontece em meio a um cenário de desaceleração da inflação, mas com pressão em alguns setores, como o de energia elétrica. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,26% e acumula inflação de 5,32% nos últimos 12 meses.
Desde setembro do ano passado, o Copom promoveu seis elevações na Selic: uma de 0,25 ponto percentual, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto e outra de 0,5 ponto. Antes disso, entre junho e agosto de 2024, a taxa havia caído para 10,5% ao ano.
A reunião do comitê ocorre a cada 45 dias. No primeiro dia, os diretores analisam o panorama econômico interno e externo. No segundo, decidem o rumo da política monetária e anunciam a nova taxa.
De acordo com o boletim Focus mais recente, a expectativa da maioria dos analistas de mercado é de que a Selic seja mantida em 14,75% até o fim de 2025, com início da redução previsto apenas para 2026. Parte do mercado, no entanto, não descarta mais uma alta, para 15% ao ano.
No comunicado da última reunião, realizada em maio, o Copom afirmou que observava sinais de desaceleração na atividade econômica e que aguardava a “desobstrução dos canais de transmissão da política monetária” para avaliar os impactos reais do atual ciclo de aperto sobre a economia.
A Selic é a taxa utilizada nas negociações de títulos públicos e serve como referência para os juros cobrados no mercado. Quando é elevada, tende a encarecer o crédito e reduzir o consumo, contribuindo para o controle da inflação. Já quando é reduzida, estimula a produção e o consumo, mas pode gerar pressões inflacionárias.
Desde janeiro, o Banco Central opera sob o sistema de meta contínua de inflação, com objetivo de manter a inflação em 3% ao ano, dentro de uma margem de tolerância de 1,5% a 4,5%. A estimativa de inflação para 2025, segundo o último boletim Focus, caiu de 5,5% para 5,25%, ainda acima do teto da meta. Um novo Relatório de Inflação será divulgado pelo BC no fim de junho.
Fonte: gazetabrasil