Controvérsias entre Índia e China minam ‘ascensão da Ásia’, diz chanceler indiano


24464072

A Índia e a China, as nações asiáticas mais populosas e também umas das maiores economias do continente, estão se envolvendo em confrontos fronteiriços mortais na região de Ladakh desde maio de 2020. A disputa permanece sem solução apesar de 16 rodadas de encontros dos comandantes militares e outros altos diplomatas entre as duas nações.
Ao proferir um discurso no lançamento do Instituto de Política Social da Ásia em Nova Deli na segunda-feira (29), Jaishankar reiterou ainda que o estado da fronteira sino-indiana “determinará o estado das relações”.
“Diz-se que o pré-requisito para um século asiático é uma Índia e uma China se unindo. Por outro lado, sua incapacidade de fazê-lo vai prejudicar”, observou o ministro indiano.
Ele constatou que, embora os países do continente asiático estivessem “subindo” economicamente, grandes diferenças permaneceram entre os principais países.
Traders trabalham no pregão da Bolsa de Valores de Nova York, em Nova York, 10 de agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 26.08.2022

“É por isso que subir, mas dividido, é uma preocupação tão forte”, observou ele.
O ministro disse que as “fissuras” dentro da Ásia terão que ser resolvidas através do cumprimento de leis, normas e regras comuns: “Para começar, a soberania e a integridade territorial terão que ser respeitadas. As iniciativas que impactam a região devem ser consultivas, não unilaterais. A conectividade, em particular, deve ser transparente, viável e baseada no mercado.”
Jaishankar também argumentou que o grupo Quad, que compreende a Austrália, Índia, Japão e os EUA, deve ser visto como um “esforço colaborativo”. De acordo com ele, ao contrário de outras regiões, a Ásia deixou a desejar em uma “arquitetura” regional, e é por isso que agrupamentos como o Quad são importantes.
Jaishankar apoiou ainda mais o envolvimento americano nos assuntos da Ásia, descrevendo Washington como um “poder residente” com “interesses legítimos” na região.
Pequim, por sua vez, critica o Quad. Ela afirma que Washington tenta lançar uma “OTAN asiática” através de seu envolvimento no grupo informal de quatro nações. A Iniciativa de Segurança Global, iniciada pelo presidente chinês Xi Jinping em abril, “se opôs a dividir” a região Ásia-Pacífico com a Estratégia Indo-Pacífico de Washington, também criticando a interferência de poderes externos na região.
Anteriores Prefeitura entrega títulos de propriedade para moradores dos residenciais Magnólia e Fiúca
Próxima Marcos Uchôa desiste de ser candidato e acusa Molon de não cumprir acordo