Contratos futuros do minério de ferro registram ganho ‘tardio’


Como reflexo ‘tardio’ da expectativa positiva em relação às medidas de incentivo adotadas pelo governo de Pequim em favor do endividado setor imobiliário, como também visando fortalecer o mercado de capitais do país, as cotações do minério de ferro avançaram, na sessão desta quarta-feira (13), em que os investidores ainda buscam entender os fatores de tal valorização.

Como resultante, o contrato futuro da commodity, com vencimento para janeiro do ano que vem, na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China), subiu 0,47% a 860,5 iuanes ou US$ 117,97 por tonelada. Mais expressivo foi o ganho de 0,83% do contrato para novembro próximo, na mesma bolsa, que atingiu 913 iuanes ou US$ 125,17 por tonelada.

De modo semelhante, na bolsa de Singapura, o contrato do insumo siderúrgico para entrega em outubro deste ano subiu 0,34% a US$ 119,45 por tonelada. Na bolsa de Qingdao (China), o contrato de minério de ferro negociado à vista apresentou estabilidade, ao crescer 0,05% a US$ 122,22 por tonelada.

De qualquer sorte, a despeito dessa valorização ‘estendida’, na visão de investidores, a tendência é de declínio das cotações, tendo em vista a ‘perda de impulso’ do aumento de vendas de casas em Pequim.

No caso específico de Singapura, a commodity acumula valorização de quase 20%, desde meados de agosto, mediante a expectativa de expansão sazonal da construção civil chinesa, em paralelo a uma suposta ‘disparada’ da venda de imóveis em grandes cidades do gigante asiático.

Segundo o analista do Commonwealth Bank of Australia, Vivek Dhar, “o rumo dos preços do minério de ferro está nas mãos do setor imobiliário da China”, acrescentando que este responde por 40% a 45% da demanda por aço no país. Em contraponto, as novas construções recuaram 25% nos primeiros sete meses deste ano, ante o mesmo período do ano passado.

A consultoria Yongan Futures, por seu turno, previu que, ‘se a demanda desacelerar durante a atual temporada de construção, a produção das siderúrgicas não será mantida e pressionará os preços do minério”.

Fonte: capitalist

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