Um think tank pró-paz em Washington, EUA, condenou na quinta-feira (1º) o governo americano por “roubar” programas sociais, após relatos de que o Congresso está disposto a despender US$ 847 bilhões (R$ 4,42 trilhões) para a defesa em 2023, poucas semanas depois que o Pentágono reconheceu novamente que não consegue justificar seus gastos.
“Este mês, foi noticiado que o Pentágono mais uma vez não passou uma auditoria básica que demonstraria que sabe para onde vai seu dinheiro. E, em vez de demonstrar algum tipo de responsabilidade, o Congresso está pronto para dar um grande aumento a uma agência que não conseguiu prestar contas de mais de 60% de seus ativos”, escreve o Instituto para Estudos de Política (IPS, na sigla em inglês).
A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) de 2023, se for aprovada, “chegaria a US$ 858 bilhões [R$ 4,48 trilhões] se forem incluídos programas que estão fora da jurisdição dos comitês do Senado e dos Serviços Armados da Câmara” dos Representantes, e seria US$ 45 bilhões (R$ 234,87 brilhões) mais caro que o pedido por Joe Biden, presidente dos EUA, segundo o jornal americano Politico.
“Aqui está uma solução: o Pentágono precisa ser muito menor. Após 20 anos de guerra, e em um tempo em que os gastos do governo são desesperadamente necessários em outro lugar, a quinta auditoria fracassada do Pentágono em tantos anos (e nunca, nunca tendo passado) deveria ser a gota d’água”, defendeu o IPS.
Sob tais circunstâncias, nota, continuar a subsidiar o complexo militar-industrial dos EUA “não seria usar os dólares de nós, os contribuintes, de forma sábia”.
Ao contrário, “é de roubar programas que precisamos, como o crédito de imposto infantil descontinuado, que reduziu a pobreza infantil pela metade”, argumentou sarcasticamente o think tank.
“E está continuando o legado de guerra do Pentágono, tudo para o benefício dos empreiteiros que confiscam cerca da metade do orçamento do Pentágono todos os anos”, apontou.
Fonte: sputniknewsbrasil