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Consumir iogurte no café da manhã pode diminuir o risco de câncer de intestino, sugere uma nova pesquisa. Cientistas descobriram que duas ou mais porções por semana estão associadas a menores taxas de alguns tipos dessa doença em adultos. Esse efeito é provavelmente devido ao impacto do iogurte no equilíbrio das bactérias intestinais, conhecido como microbioma intestinal. “Nosso estudo fornece evidências únicas sobre o potencial benefício do iogurte”, afirmou o Dr. Shuji Ogino, do Brigham and Women’s Hospital. “A abordagem do meu laboratório é tentar vincular dietas a longo prazo e outras exposições a uma possível diferença-chave nos tecidos, como a presença ou ausência de uma espécie particular de bactéria. Esse tipo de investigação pode ampliar as evidências que conectam dieta a resultados de saúde.”
Os pesquisadores utilizaram dados de dois estudos que seguiram mais de 100.000 enfermeiras registradas do sexo feminino e 51.000 profissionais de saúde do sexo masculino, com idades entre 30 e 75 anos, desde 1976. Cada participante respondeu a perguntas sobre seus estilos de vida, dietas e condições médicas ao longo de várias décadas. Isso incluiu informações sobre a quantidade de iogurte natural ou com sabor que consumiam, além de outros produtos lácteos como leite, queijo e sorvete. Os cientistas também analisaram amostras de tecido de todos os participantes diagnosticados com câncer de intestino, medindo a quantidade de Bifidobacterium – um tipo de bactéria benéfica.
Embora não tenha sido encontrada uma associação significativa entre o consumo de iogurte a longo prazo e as taxas gerais de câncer de intestino, observou-se uma ligação com tumores Bifidobacterium-positivos, com uma redução de 20% nas taxas entre aqueles que consumiam duas ou mais porções de iogurte por semana. Isso se deveu a uma menor incidência de câncer de intestino proximal Bifidobacterium-positivo, que ocorre na parte superior direita do intestino. Os autores acreditam que o consumo prolongado de iogurte pode reduzir o risco de câncer de intestino proximal ao alterar o microbioma intestinal, incluindo o Bifidobacterium, mas afirmam que mais pesquisas são necessárias. “Este artigo adiciona evidências crescentes que ilustram a conexão entre dieta, microbioma intestinal e risco de câncer de intestino”, disse o Dr. Andrew T Chan, do Massachusetts General Hospital. O câncer de intestino é um dos tipos mais comuns no Reino Unido, com cerca de 44.000 diagnósticos anuais e aproximadamente 17.000 mortes causadas pela doença.
Fonte: gazetabrasil
