Política

Consulado da Rússia presta homenagem aos mortos na 2ª Guerra Mundial no Rio de Janeiro (VÍDEOS)

Percentagem de opiniões

O Consulado Geral da Rússia no Rio de Janeiro prestou nesta sexta-feira (9) homenagem aos soldados mortos na Grande Guerra pela Pátria, como é conhecida a Segunda Guerra Mundial na Rússia.
O evento foi realizado no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, popularmente conhecido como Monumento dos Pracinhas, localizado no bairro da Glória, área central da cidade do Rio de Janeiro.
A homenagem ocorre no Dia da Vitória, data em que foi oficializado o fim do conflito de proporções globais, que nesta sexta-feira completa 80 anos. Ela faz parte do Regimento Imortal, ação destinada a prestar homenagem àqueles que lutaram na Segunda Guerra Mundial.
O cônsul-geral da Rússia no Rio de Janeiro, Andrei Petrov, depositou uma coroa de flores no Monumento dos Pracinhas. Em seguida, os presentes foram convidados a depositar rosas em homenagem aos combatentes mortos. Muitos deles traziam consigo fotos de parentes militares russos mortos na Segunda Guerra Mundial, entre eles Alexander Zhebit, que é belarusso e foi cônsul da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) no Rio de Janeiro, e sua esposa, a russa Elena Zhebit.
Segurando uma imagem do pai, Alexander afirmou à Sputnik Brasil que a data tem um grande significado para ambos.

“Na época de 1939 a 1941, houve uma tentativa de dominar o mundo pelo nazifascismo. Então os povos da União Soviética conseguiram acabar com essa tentativa de dominação mundial de uma ideologia racista, uma ideologia de superioridade racial, o nazismo e o fascismo.”

Ele afirma que a data de hoje é importante de ser celebrada porque “vivemos uma época em que essas tendências estão voltando”.
“Essas tendências estão voltando e, para nós, é importante lembrar da vitória, dos feitos dos nossos antepassados, do meu pai, basicamente, que foi guerrilheiro na Segunda Guerra Mundial. Aliás, combatia nos territórios ocupados pela Alemanha de Belarus e da Ucrânia. Era uma pessoa que se dedicou a essa luta. Portanto, a gente tem que sempre valorizar e nunca esquecer essa data e passar isso para os nossos filhos, netos e bisnetos.”
Segurando uma imagem do avô, Elena frisa que o momento geopolítico é muito complicado. Por isso, “temos que lembrar muito dos nossos heróis”.
“Esse é meu avô, que morreu na idade de 38 anos, e ele morreu nos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial. É muito importante para as gerações que vêm, para a juventude, para os jovens, nunca esquecer os nossos heróis. Eu acho que isso é importante, principalmente agora, nesse momento difícil e complicado.”
O cônsul da Rússia, Andrei Petrov, destaca que a data de hoje marca uma vitória do mundo civilizado sobre o nazismo e o fascismo, que a memória do Dia da Vitória é importante “para não repetir os mesmos erros do passado”, e considera que há tentativa de retorno do nazismo.

“Por isso precisamos estar de guarda para não permitir a reaparição do nazismo”, afirmou Petrov.

Eden Pereira, professor de história e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre África, Ásia e Relações Sul-Sul da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NIEAAS/UFRJ), sublinha que os combatentes homenageados “deram sua vida e sua juventude para que nós tivéssemos hoje um mundo melhor”.

“Um mundo livre do racismo, da discriminação, da superioridade de determinados povos sobre outros povos. Lembrar disso hoje é muito importante, quando determinados países tentam novamente reimpor agendas unilaterais”, afirma o professor.

Epitácio Brunet, que dirige o núcleo do Rio de Janeiro da Secretaria Internacional Antifascista, afirma que “há um evidente crescimento, uma onda de afloramento do neofascismo”. Por isso, a importância de celebrar o Dia da Vitória.
“Daqui para frente, nós vamos estar resistindo cada vez mais para fazer avançar o desenvolvimento dos direitos sociais da humanidade”, afirmou.
Luciana Vianna, professora do Colégio Estadual Tenente Otávio Pinheiro, em Belford Roxo, levou seus alunos para acompanhar a celebração. Essa foi a primeira vez que a escola intercultural Brasil-Rússia participa das celebrações.

“E está sendo importante porque eles [estudantes] podem ter contato com um pouco da história do Brasil e, também, com um pouco da história da Rússia, quais são os ritos que são feitos para poder celebrar essa data tão importante que é o Dia da Vitória, [para] eles terem contato de uma forma prática com aquilo que eles só veem na teoria em sala de aula.”

Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores F1: “Não esperava terminar em P3”, diz Leclerc após pódio da Ferrari em Jeddah
Próxima Bombeiros resgatam corpo encontrado por pescadores no rio Apiacás

Posts relacionados