A Câmara dos Representantes dos EUA votou unanimemente na sexta-feira (10) a requisição para Avril Haines, diretora de Inteligência Nacional, desclassificar as informações sobre as origens da COVID-19, escreve a agência britânica Reuters.
A votação foi de 419 votos a favor e 0 contra, aumentando a pressão sobre a administração do presidente Joe Biden para publicar os dados. Em 1º de março o Senado do país aprovou o projeto de lei, também de forma unânime.
“O povo americano precisa conhecer todos os aspectos, incluindo como este vírus foi criado e especificamente se a ocorrência natural foi o resultado de um evento relacionado a um laboratório”, disse Mike Turner, representante republicano e presidente do Comitê de Inteligência da Câmara.
“Espero que isso esclareça algumas das especulações, alguns dos rumores que há por aí”, disse, por sua vez, o representante Jim Himes, o principal democrata do comitê, chamando o projeto de lei de um importante primeiro passo.
O projeto de lei, aprovado por ambas as câmaras do Congresso dos EUA, agora vai para a Casa Branca para que Biden a assine ou vete.
1 de março, 20:40
Washington tem conduzido um debate altamente politizado sobre as origens da pandemia da COVID-19 praticamente desde que os primeiros casos foram relatados em Wuhan, China, no final de 2019, com a administração de Donald Trump (2017-2021), em particular, culpando o país asiático por disseminar a doença.
Pequim tem retrucado com suas próprias suspeitas de que o SARS-CoV-2 foi disseminado dos EUA, sublinhando que os primeiros casos a serem detectados em um local não significam que o vírus originou lá. Um dos lugares nos EUA apontados como o possível epicentro é o Fort Detrick, em Maryland.
O debate foi reacendido em fevereiro, quando o jornal norte-americano Wall Street Journal informou que o Departamento de Energia dos EUA concluiu com “pouca confiança” que a pandemia provavelmente surgiu após um vazamento em um laboratório chinês, uma conclusão proposta previamente e que Pequim nega.
Ao mesmo tempo, quatro outras agências americanas ainda opinam que a COVID-19 foi provavelmente o resultado de uma transmissão natural, enquanto duas estão indecisas.
Fonte: sputniknewsbrasil
