Um comitê de supervisão do Congresso dos EUA iniciou uma investigação sobre o programa dos helicópteros V-22 Osprey após um acidente no Japão que supostamente matou oito membros do serviço de operações especiais da Força Aérea do país norte-americano, informou na terça-feira (26) o portal Air Force Times.
A Osprey é uma aeronave rápida que pode voar tanto como um helicóptero quanto como um avião, mas tem sido criticada por suas falhas, que permitem acidentes graves.
Toda a frota do helicóptero está em terra após o acidente de 29 de novembro, com exceção de voos limitados do Corpo de Fuzileiros Navais em casos de emergência. Um cadáver foi encontrado, e sete outros a bordo permanecem desaparecidos. Mais de 50 membros do serviço militar dos EUA morreram em acidentes com o Osprey durante a vida útil do programa, e 20 deles morreram em quatro acidentes nos últimos 20 meses.
O governo do Japão, o único outro país que usa os Osprey, também suspendeu o funcionamento de suas aeronaves após o acidente.
Na última quinta-feira (21) o Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes dos EUA enviou uma carta a Lloyd Austin, secretário de Defesa, para solicitar que uma grande quantidade de documentação sobre o histórico de segurança do Osprey fosse entregue ao comitê até 4 de janeiro.
“Embora, estatisticamente, o Osprey não seja considerado tão perigoso quanto outras aeronaves militares, o Comitê continua alarmado com o fato de que a maioria das fatalidades envolvendo a aeronave ocorreu durante exercícios de treinamento, e não em operações de combate”, comentou James Comer, presidente do comitê.
Na sexta-feira (22) os senadores Ed Markey e Elizabeth Warren e o representante Richard Neal anunciaram que também estavam pressionando Austin para obter respostas sobre o histórico de segurança do Osprey. Os três legisladores representam Massachussets, o estado natal do segundo-sargento Jacob Galliher, um dos oito membros do serviço de operações especiais da Força Aérea mortos no acidente do Japão.
“Pedimos que o Departamento de Defesa e os departamentos da Força Aérea e da Marinha garantam que o V-22 Osprey seja seguro para voar antes de permitir que militares de toda a Commonwealth e dos Estados Unidos voltem a bordo”, escreveram os legisladores ao chefe do Pentágono.
Fonte: sputniknewsbrasil