Congresso do Peru destitui o presidente Pedro Castillo


O Congresso peruano destituiu Castillo, com 101 votos a favor, por “incapacidade moral permanente”. Para remover um presidente, a Constituição do Peru exige 87 votos.
A decisão foi tomada depois de o presidente ter declarado a dissolução do Parlamento, no meio de uma crise política que aflige o país.
O pedido é feito em meio a escândalos de corrupção envolvendo o funcionário do governo e a um índice de reprovação política de 86%, além de denúncias de propina que atingem a família do presidente.
A vice-presidente da República, Dina Boluarte, ficará à frente do Executivo.
Defendendo nossa democracia e a Constituição, o Congresso aprovou, com 101 votos a favor, a vacância contra o presidente Pedro Castillo.
A terceira tentativa do Congresso para remover Castillo estava marcada para ser debatida hoje (7), mas o anúncio surpresa do chefe de Estado acelerou a votação da resolução sem intervenções.
José Williams, presidente do Congresso, considerou a medida de Castillo um “golpe de Estado”.
Antes da aprovação da resolução parlamentar, a primeira-ministra Betssy Chávez e uma dezena de funcionários do governo apresentaram sua renúncia.
O presidente do Peru, Pedro Castillo, durante evento com dirigentes sindicais, em Lima, em 9 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2022

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Desde que Castillo assumiu a presidência, em julho de 2021, depois de vencer um segundo turno apertado contra Keiko Fujimori, o presidente viveu sob o cerco do Congresso e da Procuradoria do Peru.
Em outubro, ele pediu mediação à Organização dos Estados Americanos (OEA), denunciando “um golpe de Estado em andamento”. Desde 2017, o Congresso peruano aprovou seis moções de vaga.
Pedidos semelhantes provocaram a queda dos presidentes Pedro Pablo Kuczynski, da direita, em 2018, e Martín Vizcarra, de centro, em 2020.
Uma das razões pelas quais o mecanismo de vacância tornou-se recorrente é a falta de maioria parlamentar do governo no poder. Isso acontece desde 2016, quando o Peru entrou em uma dinâmica de confronto que o levou a ter até três presidentes em uma semana em novembro de 2020.

Fonte: sputniknewsbrasil

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