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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) intensificou a fiscalização no mercado de cafés, determinando a proibição da comercialização e distribuição de todos os produtos da marca Vibe Coffee na última segunda-feira (3), após uma inspeção sanitária. Com a medida, a agência atinge a marca de seis marcas de café suspensas em 2025 por diversas irregularidades, que vão desde a falta de licença até a presença de contaminantes e fragmentos de vidro.
A proibição do Vibe Coffee deve-se à ausência de licença sanitária e de regularização dos produtos. A inspeção também apontou graves falhas nas boas práticas de fabricação, como falta de rastreabilidade, ausência de procedimentos operacionais padrão e condições inadequadas de higienização.
🚨 Café “Fake”, Contaminação e Falsificação: O Histórico de Proibições
O ano de 2025 tem sido marcado por uma série de suspensões que expõem problemas na cadeia produtiva e rotulagem de produtos que simulam o café tradicional.
- Junho/2025: As primeiras proibições atingiram as marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial. Estes produtos, rotulados como “pó para preparo de bebida sabor café” ou “bebida sabor café”, são conhecidos como “café fake”. Já considerados impróprios pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por serem feitos de “lixo da lavoura”, a Anvisa encontrou neles a toxina ocratoxina A, imprópria para consumo humano. O órgão ainda destacou a “contaminação do produto acabado” e falhas nas boas práticas de fabricação. Além disso, os rótulos foram considerados confusos, usando embalagens semelhantes às dos cafés tradicionais.
- Setembro/2025: Foi a vez do café Câmara ser proibido. A marca apresentava origem desconhecida e, em amostras, foram encontrados fragmentos semelhantes a vidro. A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) também denunciou que a marca falsificava o selo de pureza da entidade.
- Outubro/2025: O produto Fellow Criativo (Cafellow), classificado como “pó para preparo de café”, foi suspenso. O motivo foi a adição do extrato do cogumelo Agaricus bisporus, substância que ainda não teve sua segurança avaliada para uso em alimentos pela Anvisa. A marca também fazia propaganda sem provas de que o café “controla a insulina e diminui o colesterol”, e o rótulo foi considerado indutor de erro.
| Marca | Proibição | Motivo Principal (Anvisa/MAPA) |
| Vibe Coffee | Novembro/2025 | Ausência de licença sanitária e falhas nas boas práticas |
| Fellow Criativo | Outubro/2025 | Contém cogumelo (Agaricus bisporus) sem segurança avaliada |
| Câmara | Setembro/2025 | Origem desconhecida, fragmentos semelhantes a vidro e falsificação de selo Abic |
| Melissa | Junho/2025 | “Café fake”, ocratoxina A (toxina), impróprio para consumo |
| Pingo Preto | Junho/2025 | “Café fake”, ocratoxina A (toxina), impróprio para consumo |
| Oficial | Junho/2025 | “Bebida sabor café”, ocratoxina A (toxina), impróprio para consumo |
💬 O que Dizem as Empresas
As empresas se manifestaram sobre as decisões.
- A Vibe Coffee defendeu não possuir autuações e afirmou que a inspeção da Vigilância Sanitária do Espírito Santo (ES) foi solicitada pela própria empresa para obter orientações técnicas para a emissão do alvará sanitário.
- A Cafellow (Fellow Criativo) declarou que acataria a decisão e que estava tomando providências para registrar o produto na Anvisa e retomar a comercialização.
- O Grupo Jurerê, produtor do Pingo Preto, alegou ter encerrado a produção em janeiro, classificando o produto como “mistura para preparo de bebidas regulamentada”.
- A Duas Marias (Melissa) negou que o produto fosse vendido como “café torrado e moído”, afirmando que utilizava uma “formulação alternativa legalmente permitida”.
Fonte: gazetabrasil






