Confira 5 dicas para economizar até 50% de combustível


Em 2025, brasileiros têm enfrentado diversos desafios na hora de encher o tanque de combustível. Isso porque o ano começou com o reajuste do ICMS em fevereiro, que elevou os preços da gasolina e do diesel em todo o país. Em julho, houve suspensão das fiscalizações de qualidade dos combustíveis nos postos. Já no fim de agosto, a Polícia Federal expôs um grande esquema de fraudes do Primeiro Comando da Capital (PCC) envolvendo adulteração de bombas.

Diante desse cenário, muitos motoristas se sentem inseguros, seja pelo medo de abastecer com combustível adulterado ou pelo aumento dos preços. Pensando nisso, Autoesporte consultou especialistas e reuniu cinco dicas para economizar combustível. Confira!

O modo de condução tem grande influência no consumo de combustível do seu veículo. De acordo com André Mendes, professor de Engenharia Mecânica do Centro Universitário FEI, acelerações bruscas, frenagens fortes e trocas de marcha constantes podem ser fatores impactantes quanto ao consumo de gasolina.

“Se você acelera muito, acaba ‘esticando a marcha’, ou seja, o giro do motor sobe e o consumo aumenta. A frenagem é um bom indicador: se você freia muito, logo vai precisar acelerar de novo, e esse ‘vai e vem’ também gera maior consumo”, aconselha Mendes.

Vale destacar também que há uma diferença significativa entre dirigir na cidade e na estrada. No ambiente urbano, o trânsito intenso, os semáforos e os limites de velocidade mais baixos resultam em um padrão de “para e anda”, que aumenta o consumo de combustível. Nas rodovias, no entanto, a condução tende a ser mais contínua e suave, favorecendo a eficiência e reduzindo o gasto.

Dessa forma, o ideal é, além de realizar as trocar as marchas no tempo certo, antecipar o trânsito. Em outras palavras, evite movimentos bruscos ou reações de última hora. Em situações como um engarrafamento próximo a um semáforo, por exemplo, ao perceber o sinal vermelho mesmo com uma fila de carros à frente, procure reduzir a velocidade gradualmente em vez de mantê-la constante e frear de forma repentina.

O que é aerodinâmica? Trata-se de como o ar se move ao redor do veículo para melhorar o desempenho. Isto é, quanto mais o carro enfrenta resistência do ar, mais força o motor precisa fazer.

Dessa forma, existem alguns fatores que prejudicam esta força de atrito exercida pelo veículo. Entre eles estão: adornos na antena de teto e acessórios sem uso, como rack e bagageiros. No entanto, dois outros agentes também merecem atenção: janelas e ar-condicionado. O professor explica:

“O vidro fechado torna o carro mais aerodinâmico. Quando você anda, o carro precisa mover o ar, e se a janela está aberta, esse fluxo fica mais difícil, o que aumenta a resistência e o consumo. Porém, o ar-condicionado também consome combustível, porque precisa de energia para funcionar. Então, em baixa velocidade, andar com as janelas abertas pode ser mais econômico. Mas em rodovia, com velocidades altas, o efeito aerodinâmico pesa mais, e é melhor andar com as janelas fechadas, mesmo com o ar ligado”.

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Em resumo, em velocidades baixas, prefira circular com as janelas abertas e o ar-condicionado desligado. Já em velocidades altas, mantenha as janelas fechadas e use o ar-condicionado para garantir melhor economia de combustível.

Manutenções regulares também são essenciais. Segundo o mecânico Johnny Oliveira (@johnnyolive), trocar o óleo fora do prazo, por exemplo, afeta no consumo do carro, pois, com o aumento do atrito e mudança da viscosidade, as peças se movimentam com maior dificuldade:

“O óleo velho perde a lubrificação e o motor trabalha forçado. Isso resulta em mais atrito, mais calor e mais consumo. Além de aumentar o risco de desgaste nas peças”, diz.

Segundo o profissional, o motorista também deve atentar-se à calibragem dos pneus:

“Pneus murchos aumentam o atrito com o solo, e o motor precisa trabalhar mais pra mover o carro. Só isso já pode elevar o consumo em até 10%. Além disso, é fundamental utilizar aditivos de limpeza do sistema de injeção eletrônica. Como dono de oficina, recomendo aplicar esse aditivo a cada seis meses ou a cada 10 mil quilômetros. Ele ajuda a manter o sistema limpo, melhora o desempenho do motor e contribui para a longevidade do veículo”, analisa.

Carregar objetos desnecessários no carro pode parecer inofensivo, mas afeta diretamente o consumo de combustível. Quanto maior o peso total do veículo, mais esforço o motor precisa fazer para colocá-lo em movimento e manter a velocidade, o que aumenta o gasto energético.

Além disso, o excesso de carga sobrecarrega suspensão, freios e pneus, elevando o atrito com o solo e reduzindo a eficiência do conjunto. Em veículos automáticos, o impacto é ainda maior, já que o câmbio tende a trabalhar em rotações mais altas para compensar o esforço.

De acordo com especialistas, a cada 50 kg extras, o consumo pode subir de 1% a 2%. Por isso, vale a pena revisar o porta-malas e deixar de lado tudo o que não for essencial para o dia a dia.

Muitos têm o costume de aproveitar preços atrativos em postos de combustível para encher o tanque do carro até o limite. No entanto, a prática não é recomendada por profissionais, pois pode diminuir a saúde do veículo.

Segundo André Mendes, quando se enche o tanque até o limite, pode ocorrer transbordamento de combustível em componentes que são projetados para lidar apenas com gases, como o cânister. Apesar de a prática não afetar diretamente o consumo, há a possibilidade de causar problemas no sistema. Trata-se de uma questão de recomendação operacional, mais do que de eficiência.

Johnny Oliveira também adverte:

“Além de poder danificar o sistema de evaporação do combustível, o excesso pode causar desperdício e até aumentar a pressão no tanque. O ideal é parar no automático da bomba. Encher até o gargalo não traz vantagem nenhuma”, alerta.

Com a mudança de alguns hábitos no dia a dia e a adoção das boas práticas mencionadas neste artigo, é possível economizar até 50% de combustível, explica o mecânico:

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Fonte: direitonews

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