“Após dez anos da realização do último concurso público para docentes, a necessidade urgente de realização de novo concurso na Unemat salta aos olhos, tanto quando observamos o número crescente de docentes substitutos em relação ao número decrescente de docentes efetivos, mas também quando observamos a ausência de docentes efetivos em alguns cursos, resultando em evidentes fragilidades institucionais e acadêmicas para tais cursos e para a própria universidade”.
Assim o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) justificou o requerimento que, aprovado, resultou em amplo debate sobre a urgência de concurso público para ao menos mitigar a carência de pessoal técnico e docente que se apresenta na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
Embora tenham sido convidados os titulares da Secretaria de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra Guimarães dos Santos, e da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação, Allan Kardec Benitez, além da reitora da Unemat, Vera Lúcia Rocha, apenas esta se fez representar – por meio do pró-reitor de Administração, Miguel CastIlho Jr.
DEFASAGEM
Castilho Jr. esmiuçou o quadro: a defasagem é maior que a expectativa de vagas para o esperado concurso público, em ouras palavras, o certame apenas vai amenizar a deficiência de efetivo, tanto na área técnica, como na cátedra.
“Precisaríamos de pelo menos 400 técnicos, e mais docentes também, mas a perspectiva de vagas que conseguimos em entendimento com o Executivo ameniza bastante a carência”, explicou a pró-reitor.
A previsão, segundo ele, é de 260 vagas para técnico e outras 200 para docentes.
Adiantou que a instituição já tem previsão de recursos para a realização do concurso público – ao custo de aproximados R$ 2 milhões (técnico) e superior a R$ 5 milhões (docência). Se todos os aprovados forem nomeados para as vagas, o impacto será de R$ 20 milhões (200 docentes) e R$ 9,5 milhões (150 técnicos) – a folha atual compromete já 88% do orçamento da Unemat.
A nomeação imediata de pelo menos 150 técnicos – das 260 vagas previstas – é dada como certa, em substituição aos que atualmente trabalham em regime de contratação temporária.
URGÊNCIA
Já o presidente da Associação dos Docentes (Adunemat), Domingos Sávio da Cunha Garcia, lembrou novamente que em dez anos sem realização de concurso público a instituição cresceu em descompasso com o aumento do quadro efetivo.
“O último concurso público foi em 2013 e de lá pra cá, muitos técnicos e docentes se aposentaram, novos cursos foram criados e novos campi, o número de acadêmicos aumentou expressivamente, enquanto o quadro de pessoal decresceu”.
A urgência foi reiterada pelo deputado Lúdio Cabral.
“A realização do concurso público é de extrema necessidade, é preciso reforçar a importância da Unemat para Mato Grosso, em todos os aspectos do desenvolvimento do estado”, assinalou.
Fonte: al.mt.gov