Como saber se o seguro do carro cobre enchentes?


Em épocas de chuva intensa, principalmente de janeiro a março, é necessário cuidado redobrado por parte do motorista para não perder seu carro em enchentes. Porém, há vezes em que o zelo não é suficiente e o proprietário precisa acionar o seguro. Só que algumas empresas podem não oferecer cobertura contra desastres naturais, como é o caso de uma inundação, e todo o prejuízo fica para o condutor.

Saiba a seguir como saber se o seguro contratado oferece cobertura contra enchentes, quais são as condições da cobertura e como proceder se o seu carro ficou preso em um alagamento.

Antes de tudo, é necessário saber se o tipo do seguro contratado para o seu carro tem cobertura contra alagamentos. Isso pode ser checado na apólice, o documento em que se registram todas as informações sobre o seguro, corretor e segurado. Normalmente, os dados em relação a cobertura ficam na porção inferior do documento físico, junto com as franquias.

A boa notícia é que todos os seguros com cobertura compreensiva (mais ampla) incluem proteção contra fenômenos naturais (ventos fortes, enchentes, chuva de granizo, queda de objetos no carro, deslizamento de terra, incêndio e raios).

Porém, como forma de baratear a apólice, algumas empresas oferecem seguros personalizados. Assim, na medida em que o motorista adiciona coberturas, o preço do prêmio aumenta. O plano mais básico normalmente não cobre desastres naturais.

Portanto, na hora de “montar” o seguro, é muito importante que o cliente avalie os riscos das chuvas, principalmente se trafega ou mora próximo de regiões que costumam alagar.

Tudo depende da situação em como o carro foi danificado em um alagamento. É comum, por exemplo, das empresas rejeitarem a cobertura quando o segurado estava em um lugar seguro e se arrisca a atravessar uma região alagada.

Seja como for, as seguradoras fazem investigações (através de vídeos de câmera de segurança da região e até em conversas com moradores do local) para avaliar se o segurado se submeteu ao risco ou se o desastre natural atingiu o carro do cliente, como em casos de alagamento na rua onde o veículo estava estacionado ou em uma garagem que alagou pela chuva densa, por exemplo.

Outro caso em que não há cobertura é quando os danos são causados por água salgada, ou seja, aqueles que são ocasionados pelo aumento do nível do mar ou por ondas que atingem o veículo estacionado na areia ou próximo da maré.

O custo da indenização depende do: 1) tamanho do prejuízo do veículo e 2) valor que o seguro cobre. Se o prejuízo do carro for muito grande, normalmente a seguradora ressarce o motorista com a indenização integral. Ou seja, o preço da Fipe do veículo.

Na cobertura média da Youse, que protege contra desastres naturais, “o cliente recebe indenização integral do seguro se o prejuízo do carro ultrapassar 75% do valor definido pela Tabela Fipe (quando os custos ultrapassam este valor, significa que o carro deu perda total), explica Arthur Carvalho, Diretor de Sinistros e Operações da seguradora.

Em caso de avarias menores no veículo, é feito uma divisão no valor do prejuízo. Desse modo, o motorista paga a franquia e o seguro arca com o resto do valor do reparo. A franquia é um valor máximo que o segurado deverá pagar por sinistro. Essa quantia é estipulada na hora em que contrata o seguro e consta na apólice. O valor da franquia pode variar conforme o evento. Por exemplo: é de até R$ 3 mil em caso de enchente e R$ 2 mil em caso de colisão.

Dependendo da seguradora e da apólice contratada, a empresa pode oferecer a limpeza do veículo cujo valor de recuperação seja menor que o da franquia.

Depois de informar a seguradora responsável sobre o sinistro, entregar todos os documentos solicitados e ambas as partes estarem de acordo com o ressarcimento, o segurado recebe o valor em até 30 dias corridos.

Se o carro ficar preso em uma alagamento, vá para um lugar seguro e proteja-se e, se for preciso, acione o Corpo de Bombeiros no número 193. Caso a água tenha danificado o sistema a ponto que o veículo tenha parado, o primeiro passo é acionar a seguradora e contar tudo o que aconteceu. Você irá receber um número do sinistro aberto para acompanhar o caso e um guincho (que normalmente está incluso no seguro, mas vale confirmar na apólice) irá buscar você e seu carro.

Em seguida, a seguradora deverá pedir por documentos do motorista e do veículo para prosseguir com a indenização.

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Fonte: direitonews

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