Como Mercosul, Austrália recua e diz que oferta da UE para acordo de livre comércio é insatisfatória


De acordo com o ministro do Comércio australiano, Don Farrell, o bloco europeu “falhou em oferecer à Austrália termos satisfatórios para selar um acordo de livre comércio“, uma vez que “pequenos, mas importantes pontos de atrito ameaçam inviabilizar os planos de assinatura até o final de agosto”, disse Farrell segundo a Bloomberg.
De acordo com a mídia, a Austrália continua insatisfeita com o nível de acesso ao mercado europeu oferecido para seus produtos agrícolas – incluindo carne bovina, açúcar e carneiro – e Camberra não está preparada para assinar um acordo sem “acesso comercial significativo“.
“Nesta fase, não recebemos uma oferta suficientemente boa dos europeus”, afirmou Farrell.
Também há discordâncias sobre a insistência do bloco europeu na proteção da indicação geográfica para centenas de produtos que podem afetar a marca das exportações da Austrália, como prosecco e feta.
Os negociadores da UE consideram que isso não é negociável, segundo a mídia, enquanto Farrell disse anteriormente que era uma “questão emocional” para os agricultores australianos.
Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da França, Emmanuel Macron, após reunião no Palácio do Eliseu, em Paris, 23 de junho de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2023

Para as autoridades europeias, nomeadamente o comissário de Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, é possível que o acordo com a Austrália seja assinado em uma cúpula da OTAN na Lituânia em meados de julho, o comissário considerou a data ontem (28), segundo a Bloomberg.
A expectativa de Dombrovskis para o acordo com o Mercosul é a mesma, entretanto, a questão sobre produtos agrícolas é justamente um dos maiores impasses no pacto entre os europeus e os sul-americanos, assim como para os australianos.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fala durante a cerimônia de lançamento do'Plano Safra' (Plano Safra) 2023-2024, uma estrutura de política agrícola implementada pelo governo brasileiro, em Brasília, em 27 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 27.06.2023

Na semana passada o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a classificar como “ameaça” as novas exigências da UE para o acordo. Sobre a parte de produtos agrícolas, o Brasil, assim como a Austrália, também busca um novo texto, principalmente no que diz respeito à compensação para agricultura familiar, conforme noticiado.

Fonte: sputniknewsbrasil

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