Divulgar informações e compartilhar experiências em torno do Transtorno do Espectro Autista. Estes foram os objetivos do Seminário promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa na cidade de Garuva, no norte do estado. Durante todo o dia de sexta-feira (19), profissionais das áreas da Saúde, Educação, além de pais, familiares e pessoas com o transtorno estiveram reunidos para debater o tema.
“Uma das principais funções da Comissão é levar informação de qualidade às pessoas. Especialmente sobre este assunto tão abordado e solicitado. Muita novidade existe, mas acima de tudo, precisamos levar os elementos fundamentais para chegar ao conhecimento de educadores, pais e dirigentes políticos, orientar quais as melhores condutas a serem tomadas frente a esta explosão de casos”, destaca o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Durante o seminário, o público assistiu a palestras de diversos especialistas. O psicólogo Raimundo Facion reforçou a importância do diagnóstico precoce para que as pessoas com o transtorno do espectro autista tenham mais qualidade de vida e estejam mais protegidas de possíveis desarranjos comportamentais.
“Ainda não temos exame clínico para detectar o autismo. O diagnóstico é subjetivo, com a observação de uma série de atipicidades nos movimentos, na fala, no comportamento e nas reações a estímulos. Quanto mais cedo juntarmos esse conjunto de sintomas, mais cedo conseguimos tratar e diminuir a probabilidade de estado de piora”, reforça Facion.
A promoção da inclusão e da socialização do autista no ambiente escolar foi outra questão abordada. Para a psicóloga Silviana da Silva, as unidades de ensino ainda não estão preparadas para receber este aluno. “Não só na questão de formação acadêmica nesta área. Mas também não dispomos ainda de uma estrutura, de uma cultura que já vem com outros alunos, professores, e demais profissionais que trabalham na escola, e que precisam aprender uma forma de se relacionar com estas crianças”, ressalta a psicóloga.
A agente de saúde Anne Caroline é mãe do Davi, de sete anos, que tem o Transtorno do Espectro Autista. A mãe reconhece a importância de eventos como este, para a troca de informações e conhecimento sobre o tema. “Hoje o autismo tem uma visibilidade que até um tempo atrás não tinha. É um desafio diário, mas com informações e com as intervenções pontuais é possível proporcionar mais qualidade de vida e socialização”.
Agência AL
Fonte: alesc.sc.gov