Ao todo, 116 países foram favoráveis ao documento, enquanto outros 54 votaram contra, incluindo Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Hungria, Japão, Reino Unido e Ucrânia, e 11 se abstiveram.
Já países como Belarus, Armênia, China, Coreia do Norte, Mali, Sérvia e África do Sul copatrocinaram a resolução.
Entre os 74 pontos do documento estão recomendações, como “adotar medidas concretas e apropriadas, especialmente nos âmbitos legislativo e educacional, em conformidade com as obrigações internacionais em matéria de direitos humanos, a fim de impedir a revisão da história e dos resultados da Segunda Guerra Mundial (1939–1945)”.
Além disso, a resolução condena com veemência a glorificação e propaganda do nazismo, em particular, grafites e desenhos em monumentos às vítimas da última guerra mundial, além de proibir “qualquer homenagem solene” ao regime nazista e seus aliados.
O texto ainda defende eliminar a discriminação racial por meios apropriados, inclusive legais, e condena o uso de material educativo e a retórica no ensino, que promovem racismo, ódio e violência com base em etnia, nacionalidade, religião e crenças.
A comissão também incluiu uma emenda, patrocinada por Albânia, Austrália, Coreia do Sul, ilhas Marshall, Japão e Noruega, que afirma que a Rússia supostamente tentou justificar a operação militar especial na Ucrânia pela luta contra o neonazismo. O texto contou com 66 votos a favor, 43 contra e 51 abstenções. No ano passado, 66 países apoiaram uma emenda similar, 26 votaram contra e 67 se abstiveram.
Por sua vez, o diretor para a cooperação internacional em direitos humanos do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Grigory Lukiantsev, declarou que a emenda politiza a resolução e constitui uma “manobra descarada e provocação” para forçar a Rússia a renunciar ao seu próprio texto.
A resolução contra a glorificação do nazismo é aprovada pela Assembleia Geral da ONU todos os anos desde 2005.
Fonte: sputniknewsbrasil