As autoridades do Comando Espacial dos EUA (SPACECOM, na sigla em inglês) querem um financiamento adicional de US$ 1,2 bilhão (R$ 6 bilhões) no ano fiscal de 2025 para reforçar as capacidades espaciais ofensivas e de defesa das Forças Armadas norte-americanas, cita na sexta-feira (22) o portal Defense News.
A maior parte do dinheiro, que cobriria o período de outubro de 2024 a setembro de 2025, apoiaria programas confidenciais para desenvolver capacidades destinadas a “dissuadir e afastar a agressão da Rússia e da China”, incluindo uma Capacidade Móvel Anti-Espaço da Marinha dos EUA.
O Comando Espacial tem expressado preocupação crescente sobre os programas espaciais da China, que, segundo o general Stephen Whiting, comandante do Comando Espacial, pratica “ações cada vez mais assertivas”, e da Rússia, vendo ambas como podendo afetar as operações militares dos EUA.
Whiting alertou especialmente sobre as ameaças ao GPS, uma constelação de satélites administrada pela Força Espacial dos EUA, que fornece recursos de navegação e cronometragem para usuários civis e militares, e destacou o crescente foco da Rússia em capacidades cibernéticas e nucleares.
“Isso, por sua vez, coloca em risco os soldados, marinheiros, aviadores, fuzileiros navais e guardiões, que dependem das capacidades espaciais todos os dias”, disse ele.
Relativamente aos programas espaciais públicos dos EUA, os pedidos do Comando Espacial incluem instalações de operações comerciais e militares e sensores e radares de conscientização do domínio espacial, o programa Célula Conjunta de Operações Comerciais (JCOC, na sigla em inglês), que obtém dados de rastreamento comercial de 14 países e os utiliza para aumentar as informações militares.
O Comando Espacial também solicitou financiamento para o Projeto Farol, uma iniciativa que integra radares e sensores de conscientização do domínio espacial para ajudar a coordenar a compreensão do Comando Espacial sobre o que está acontecendo em órbita, incluindo uma Capacidade de Radar Avançado Multimissão (MMARC, na sigla em inglês).
O ramo militar ainda pretende modernizar sensores, incluindo o Radar de Instrumentação e Rastreamento de Longo Alcance (LRTIR, na sigla em inglês) do Exército, localizado no Local de Testes Reagan, nas Ilhas Marshall, no oceano Pacifico.
“Os recursos e a infraestrutura do radar no Local de Testes Reagan são os únicos sistemas de vigilância do espaço profundo com múltiplos fenômenos no Pacífico”, disse o Comando Espacial, acrescentando que “a perda de transmissores, da fonte de alimentação ou da cobertura do espaço profundo para todas as condições meteorológicas levará anos para ser recuperada”.
“Sem financiamento, as capacidades de expansão [do Comando Espacial] não serão integradas, colocando em risco as operações de proteção e defesa dos aliados dos EUA e das nações parceiras”, avisou.
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Fonte: sputniknewsbrasil