“As nossas Forças Armadas gastam errado e gastam sem consultar a sociedade. O caminho deveria ser inverso. A sociedade, por meio dos seus líderes eleitos, deveria se organizar e elaborar uma política nacional de defesa, uma estratégia que seria passada ao Ministério da Defesa e às Forças Armadas”, comentou.
E qual é o caminho para o Brasil?
“Foi uma experiência quase que única na história recente do Brasil [o CDS], na qual as Forças Armadas implementaram, por meio da cooperação, a política externa brasileira. Isso é fundamental para a defesa nacional brasileira, porque é impossível a gente pensar na nossa defesa exclusivamente, sem pensar na capacidade de defesa que os nossos vizinhos têm”, comentou.
“Esses países não têm condições mínimas de garantir a sua defesa, o monitoramento de espaço aéreo, das suas fronteiras. Como é que o Brasil vai fazer isso sozinho?”, questionou.
“Não pode simplesmente se comprometer com a compra de algum equipamento sem que isso seja associado às outras forças. O porta-aviões São Paulo, que compramos da França, não serviu para absolutamente nada. Inclusive foi afundado agora, há poucos dias. Isso por quê? Porque foi feita uma compra sem uma conexão com o propósito de uma política externa“.
Fonte: sputniknewsbrasil