Com apenas 4 investidores, Haddad explica ausência de investimentos no fundo de florestas da COP30


A iniciativa, destaque brasileira na Cúpula de Líderes e na COP30, busca financiar a preservação de florestas tropicais em 73 países em desenvolvimento. Os lucros do fundo serão repartidos entre países de florestas tropicais e investidores. O mecanismo pretende recompensar os países que não apenas reduzam o desmatamento, mas também preservem suas matas.
Apesar da adesão política, apenas Noruega e Portugal anunciaram contribuições concretas: US$ 2,9 bilhões (R$ 15,84 bilhões) e 1 milhão de euros (R$ 6,2 milhões), respectivamente. Antes disso, Brasil e Indonésia haviam prometido US$ 1 bilhão (R$ 5,46 bilhões) cada.
Durante o lançamento, Lula destacou que o fundo representa um marco histórico, pois, “pela primeira vez na história, os países do Sul Global terão um protagonismo em uma agenda de florestas“.
“O TFFF não é baseado em doação. Seu papel será complementar aos mecanismos que pagam pela redução de emissões de gases de efeito estufa. Investimentos soberanos de países desenvolvidos e em desenvolvimento vão alavancar um fundo de capital misto. […] Os lucros gerados serão repartidos entre os países de florestas tropicais e os investidores.”
Em fala à imprensa durante coletiva ao lado de outros ministros, Fernando Haddad, da Fazenda, explicou que cada país terá seu próprio ritmo para aderir ao TFFF.
Segundo Haddad, a presidência brasileira trabalhou durante dois anos para conseguir anunciar seu investimento de US$ 1 bilhão (R$ 5,46 bilhões) já na COP30. “O presidente Lula foi o primeiro a anunciar porque ele contava com o nosso respaldo, da Fazenda, do Meio Ambiente, dos Povos Originários, do Itamaraty. Nós já estávamos muito alinhados em fazer esse anúncio na COP.”
“Então nós trabalhamos praticamente durante dois anos para poder fazer o anúncio. Você não pode exigir que depois de tanto trabalho que deu para nós, um país que acabou de tomar conhecimento do mecanismo anuncie já.”
“Então não é uma coisa trivial um país poder aportar”, resumiu o ministro, apontando estar confiante que o o TFFF terá apoio dos demais países. “E precisa ter apoio.”
“Entra COP, sai COP e a gente não tem uma solução para a crise climática. Quantas e quantas COPs já ocorreram sem que um anúncio como esse fosse feito? Um anúncio prático de como resolver o problema com mecanismo inovador.”
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Fonte: sputniknewsbrasil

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