Mesmo vivendo um dos melhores momentos desde o início da pandemia de Covid-19, o Distrito Federal tem registrado constantes altas na taxa de transmissão do coronavírus. Na última terça-feira (11/10), por exemplo, o índice voltou a subir e passou de um depois de três meses. A informação significa que a pandemia está avançando de maneira descontrolada, e acende um alerta para a população.
Nos casos recentes, a Covid-19 tem se apresentado por meio de sintomas diferentes dos conhecidos anteriormente. Os sinais agora são semelhantes aos de um resfriado comum. No entanto, mesmo que a cepa pareça ser mais leve, a Secretaria de Saúde do DF planeja reforçar a testagem e a vacinação da população.
“Se há pessoas ainda se contaminando, é sinal que não estão protegidas. No DF, temos um grande número de indivíduos que a gente espera retornar às unidades de saúde para completar a imunização. E vacinar é criar a barreira contra o vírus”, pontua o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos.
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Mesmo em países com alta taxa de imunização, o número de vacinados infectados pela Covid está crescendo. Apesar de o que possa parecer, isso não significa que os imunizantes não funcionamWestend61/ Getty Images
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Ao contrário do que muitos pensam, a vacina, na verdade, não impede a contaminação, mas diminui as chances de casos mais graves que possam levar à morte. Por isso é importante continuar tomando as doses indicadas e manter os cuidados para prevenir a infecçãoAndriy Onufriyenko/ Getty Images
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Em outras palavras, o principal objetivo da vacina não é barrar a infecção, mas impedir que o coronavírus cause complicações graves, principalmente se tratando de grupos mais vulneráveis, como crianças e idososMorsa Images/ Getty Images
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Vacinas como a da gripe, por exemplo, funcionam da mesma maneira há décadas. A proteção fornecida pelo imunizante atua contra formas mais severas da influenza e ajuda a diminuir a quantidade de casos que poderiam colapsar sistemas de saúdePramote Polyamate/ Getty Images
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Segundo especialistas, a necessidade de reforçar as doses da vacina existe porque a imunidade contra o vírus não dura para sempre. Além do fato de o coronavírus apresentar grande potencial de mutação, muitas vacinas, como a da Covid, precisam ser reaplicadas de tempo em tempo para garantir a proteção necessáriaMorsa Images/ Getty Images
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A variante Ômicron é mais transmissível e consegue “desviar” da imunidade cedida pela vacina. Sendo assim, mesmo que estejamos com todas as doses em dia, a chance de contrair o vírus estando exposto a aglomerações, sem seguir as devidas normas sanitárias, existeMorsa Images/ Getty Images
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O atual aumento nos diagnósticos positivos podem ser explicados por aglomerações causadas nas festas de fim de ano, aniversários, feriados prolongados, etc.Flashpop/ Getty Images
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No entanto, é clara a desaceleração das mortes em todo o mundo, o que reforça a importância da vacinação, principalmente em um cenário de circulação da ÔmicronFG Trade/ Getty Images
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Com a mudança no perfil da infecção, é importante estar atento aos novos sintomas. Especialistas em saúde indicam que, nesta fase da pandemia, a dor de garganta é um dos principais sintomas de alerta para um possível diagnóstico de Covid-19.
De acordo com dados do Zoe Health Study, uma pesquisa em saúde realizada no Reino Unido por meio de um aplicativo de celular, outros sinais se tornaram mais comuns nos pacientes dessa onda. Confira:
- Dor de garganta – 63,55%;
- Nariz escorrendo – 53,04%;
- Cefaleia – 53,02%;
- Nariz entupido – 52,47%;
- Tosse sem catarro – 52,06%;
- Espirros – 47,02%;
- Tosse com catarro – 45,79%;
- Voz rouca – 43,86%;
- Dores musculares – 29,46%;
- Fadiga – 22,97%;
- Tontura – 21,11%;
- Olfato alterado – 19,82%;
- Glândulas do pescoço inchadas – 17,72%;
- Dor nos olhos – 16,41%;
- Aperto no peito – 16,26%;
- Falta de ar – 15,9%;
- Perda de olfato – 14,45%;
- Dor no ouvido – 13,96%;
- Calafrios- 12,98%;
- Dores nas articulações – 11,08%
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