Com 6 décadas de história, cultura coreana em São Paulo ganha força com influência recente (VÍDEOS)


Em São Paulo (SP), porém, a conexão vai muito além do entretenimento: ela é fruto de uma relação histórica construída ao longo de seis décadas de imigração.
A chegada oficial da comunidade sul-coreana ao Brasil aconteceu em fevereiro de 1963, quando o primeiro navio com imigrantes desembarcou. Muitos buscavam recomeçar suas vidas em terras brasileiras.
Os primeiros anos foram difíceis. Famílias se estabeleceram nos bairros do Glicério, Aclimação, Liberdade e Brás, mas sofriam com barreiras culturais e linguísticas, além de preconceito.
Para superar essas dificuldades, os imigrantes criaram redes de apoio, como a Associação Brasileira de Coreanos, que inicialmente ajudava na socialização e adaptação.
Hoje, a entidade promove a cultura coreana e serve como ponte entre as sociedades brasileira e sul-coreana.
Na década de 1980, o bairro do Bom Retiro, na região central de São Paulo, tornou-se o principal reduto da comunidade coreana.
A indústria têxtil foi uma porta a muitos imigrantes e ainda hoje o bairro abriga cerca de 2.000 empresas lideradas por famílias coreanas.
Além da produção industrial, o Bom Retiro tornou-se um centro cultural e gastronômico. Restaurantes, mercados típicos, lojas de vestuário e feiras temáticas atraem moradores e turistas interessados em explorar a cultura coreana. Para muitos, visitar o bairro é como fazer uma viagem ao outro lado do mundo sem sair de São Paulo.
A Feira do Bom Retiro, realizada aos sábados na Rua Cônego Martins, é um exemplo dessa celebração cultural.
Com entrada gratuita, o evento tem apresentações de K-pop, barracas de comida típica, artesanato e até estandes de caligrafia coreana.
Entre os pratos preferidos estão o Jajangmyeon (macarrão com molho preto), o churrasco coreano e o frango frito crocante, geralmente acompanhado de Soju, uma bebida alcoólica tradicional.
O interesse pela culinária cresce a cada ano, impulsionado tanto pela comunidade coreana quanto por brasileiros que se apaixonaram pelos sabores da Coreia.
Clara Costa Barroso, psicóloga de Campo Grande (MS), visitou o local e afirma que “é uma oportunidade de conhecer culinária, músicas e outras pessoas que também gostam dessa cultura”.
“É um pedaço da Coreia aqui em São Paulo.”
Adri Albuquerque, que trabalha com motion design, também ressaltou o papel de São Paulo como cidade acolhedora.

“São Paulo é lar de várias nacionalidades. É importante estarmos em contato com essas culturas e tentar aderir ao máximo ao que elas têm a oferecer.”

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Fonte: sputniknewsbrasil

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