Quintana perdeu o sexto lugar obtido na competição, disputada no mês passado, em solo francês, por ter tomado o analgésico tramadol, proibido em 2019 pelos efeitos colaterais que pode apresentar e não por alguma vantagem a ser obtida na performance esportiva. O opióide pode atrapalhar o desempenho e ainda colocar em risco os rivais.
“Além do risco de dependência e vício, o medicamento apresenta comumente efeitos colaterais adversos, como tontura, sonolência e perda de atenção, que são incompatíveis com o ciclismo competitivo e pode colocar em perigo outros competidores”, argumenta a União Ciclística Internacional (UCI) em suas regras médicas.
Resquícios do analgésico foram detectados em amostras de sangue “ressecado” colhidas nos dias 8 e 13 de julho, durante a Volta da França. O caso de Quintana é o primeiro do mundo do esporte a ser constatado por este método novo de análise, o chamado “dried blood spot” ou DBS, aprovado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) no ano passado.
Sem sofrer punições além da competição francesa, o colombiano deve voltar a competir na sexta-feira, na Volta da Espanha, que já ganhou em 2016. Ele também foi campeão do reconhecido Giro da Itália, em 2014. Na Volta da França, foi o segundo colocado geral em 2013 e 2015.