Esse foi o pior resultado obtido pela coalizão semáforo (Ampelkoalition, em alemão), formada pelo Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), que se utiliza da cor vermelha; pelo Partido Democrático Liberal (FDP), amarelo; e pelo ambientalista Verde.
Segundo pesquisas de boca urna, a porcentagem aproximada dos votos obtida pelo SPD foi de 14%, uma queda de 1,8 pontos percentuais da última eleição em 2019. Já os Verdes obtiveram cerca de 12%, uma grande queda de 8,5 pontos percentuais. Por fim, o partido Liberal manteve os votos da última eleição, alcançado 5%, quando em 2019 sua parcela de votos foi de 5,4%.
O levantamento foi realizado pelo Instituto Infratest Dimap para o canal ARD TV.
Os grandes vencedores da eleição para o Parlamento Europeu foi a aliança conservadora da União Democrata-Cristã (CDU) e da União Social-Cristã (CSU), que juntas receberam 29,5% dos votos válidos, um aumento de 0,6 pontos percentuais da última rodada de eleições.
A Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em segundo lugar geral na eleição alemã para o Parlamento Europeu, recebendo o apoio de 16,5% dos eleitores, um crescimento de 5,5 p.p. desde 2019.
“Este é um resultado muito amargo para nós”, disse Kevin Kuehnert, secretário-geral do SPD, que afirmou também que o partido terá de analisar o que aconteceu de errado em sua mobilização.
Mais do que tudo, o resultado coloca mais pressão em cima da coalizão semáforo, que disputará eleições regionais em três estados em setembro deste ano, Saxônia, Brandemburgo e Turíngia, nas quais a AfD é prevista para vencer.
A derrota eleitoral também confirma a crise de popularidade que o governo Scholz vem sofrendo desde que assumiu o controle da Alemanha, em dezembro de 2021.
Conservadores pedem por mudança no Parlamento alemão
Seguindo os resultados da eleição parlamentar europeia, o bloco conservador liderado pela CDU e pela CSU clamou a Scholz que levantasse a questão de um voto de confiança dentro da Bundestag, câmara baixa do Parlamento da Alemanha.
Uma votação deste tipo pode ver a remoção da coalizão semáforo do poder e, com isso, a saída de Scholz como chanceler alemão.
“O resultado é ótimo, temos o dobro de votos que o partido do chanceler”, disse Carsten Linnemann secretário-geral da União Democrata-Cristã ao jornal alemão Bild. “Ele [Scholz] deveria realmente levantar a questão de um voto de confiança no Bundestag.”
Já o líder da CDU, Friedrich Merz, declarou ao portal Tagesschau que “o que estamos vivendo é uma catástrofe. Ou [a coalizão] semáforo muda o curso político, ou eles devem abrir caminho para novas eleições“.
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Fonte: sputniknewsbrasil