O Conselho Nacional do Café (CNC) aguardou o comunicado oficial do governo de nosso país sobre a tão esperada reunião entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para manifestar também sua reiterada posição – já colocada em várias oportunidades – com relação ao acordo comercial, que, se não for totalmente justo, ao menos seja o mais próximo da realidade — o que aparentemente ainda não ficou definido.
É importantíssimo que toda a representação do café do Brasil continue insistindo nesse tema, assim como temos feito, sem perder a oportunidade de destacar o quanto ele é benéfico para as duas nações. Se, de um lado, trata-se de um mercado fundamental para o café brasileiro, de outro, observamos que os consumidores americanos de café estão sendo penalizados por divergências muito mais geopolíticas — e, por que não dizer, ideológicas — que trazem reflexos comerciais, causando prejuízos tanto a produtores quanto a consumidores, além de incertezas e insegurança quanto à construção de um futuro promissor para a cafeicultura, erguido ao longo de mais de dois séculos e agora seriamente comprometido.
Se, por um lado, devemos observar a imposição criada em referência à tarifa, por outro devemos destacar a atuação das competentes autoridades brasileiras, conduzidas com empenho por todos os órgãos governamentais — inclusive pelo Parlamento, na pessoa do nosso vice-presidente, Geraldo Alckmin —, que não tem medido esforços nem poupado interesse em se reunir com ambos os lados, Brasil e Estados Unidos, em busca de uma solução que não penalize as partes, preservando as boas relações diplomáticas e comerciais.
Falando sobre o café, reconhecemos a importância da participação de todas as entidades, assim como a nossa, na busca de um resultado positivo — neste caso, para os produtores, que representamos por meio de nossas cooperativas.
Concluindo, devemos acreditar que chegaremos a um bom termo nas negociações, sem, contudo, deixar de perseguir a abertura de novos mercados. E, como sempre manifesta o Conselho Nacional do Café, é essencial cuidar bem da lavoura, tornando-a mais produtiva, utilizando as novas conquistas tecnológicas que contribuem para a redução de custos de produção. O investimento em pesquisa deve ser um princípio permanentemente observado.
Valorizar as representações, em especial as nossas cooperativas, que zelam pelos interesses dos produtores, é fundamental. Além disso, é necessário cuidar para que o aumento das áreas cultivadas não comprometa o equilíbrio entre oferta e demanda — elemento que deve estar presente no planejamento das atividades inerentes à produção de cafés do Brasil.
Fonte: noticiasagricolas






