A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participa durante a semana do Estradeiro da BR-163, uma expedição organizada pela Aprosoja Mato Grosso e Movimento Pró-Logística.
Os participantes do Estradeiro vão percorrer 2.661 quilômetros para avaliar as condições da rodovia em regiões como Sinop (MT), Novo Progresso (PA), Itaituba (PA) e Santarém (PA).
Todas as condições do percurso serão reportadas às autoridades responsáveis para que tomem providencias e garantam o escoamento da safra de grãos.
Na segunda (15), primeiro dia do Estradeiro, a equipe composta por produtores rurais mato-grossenses, representantes da Aprosoja Brasil, do movimento e da concessionária Via Brasil percorreu 596 km de estrada.
Na avaliação da assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA, Elisangela Pereira Lopes, o primeiro trecho percorrido apresenta boas condições de pavimentação, geometria da via e sinalização.
“Embora seja pista simples, há presença de terceiras faixas nos aclives, de maneira a melhorar o tempo de transporte entre os veículos de carga e leves. Alguns trechos apresentam patologias no pavimento. Mas, no geral, o tráfego é bom”, disse.
O percurso do estradeiro pela BR-163 é operado pela Via Brasil. Desde 2022, a empresa é a concessionária responsável pelos 1.009 quilômetros da rodovia, que liga Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA).
O prazo de concessão é de dez anos e estão previstos mais de R$ 4 bilhões em investimentos para operação, monitoramento, conservação, implantação de melhorias e manutenção dos serviços aos usuários.
Segundo Elisangela, a manutenção permanente é essencial, já que somente em 2023 foram movimentadas mais de 17 milhões de toneladas de produtos agropecuários no sentido sistema portuário do Arco Norte. “O fluxo de veículos de carga é intenso. Em média, 5 mil caminhões transitam pela BR-163, diariamente”, destacou.
A BR-163 foi inaugurada em 20 de outubro de 1976 e a conclusão das obras para o escoamento de grãos durou 46 anos. Para a assessora técnica, além de contribuir para desafogar os portos das regiões Sudeste e Sul, esse corredor responde pela redução de 25% dos custos com fretes, em média.
“Também responde pela redução das distâncias das cargas brasileiras dos principais parceiros comerciais estratégicos na Europa, por exemplo”, concluiu.
Fonte: noticiasagricolas