Citroën C3, Basalt e Aircross têm na Índia itens que fazem falta no Brasil


A Citroën escolheu o Brasil e a Índia como mercados-chave, fora da Europa, para implementar sua nova estratégia como marca acessível do grupo Stellantis. Os dois países concentram a produção local dos mesmos carros — C3, Aircross e Basalt — e apostam igualmente em aspectos como preço e relação custo-benefício. Apesar da sinergia, algumas diferenças marcam a atuação comercial das filiais em cada região.

É o caso do conteúdo ofertado em cada modelo. No mercado indiano, os pacotes de equipamentos são mais recheados (principalmente nas versões mais caras) e incluem recursos de segurança, conectividade e conforto que não são encontrados no mercado brasileiro — nem mesmo nas configurações topo de linha.

A disparidade ficou ainda mais evidente nos últimos meses com o “banho de loja” que a Citroën aplicou nos três modelos para tentar reverter as baixas vendas registradas no país asiático. Durante todo o ano de 2024, a marca comercializou na Índia apenas 7.500 carros e lançou recentemente a estratégia “Citroën 2.0” para ganhar mais espaço no mercado.

A meta inclui atualizações importantes em termos de equipamentos e ampliação da rede de lojas das atuais 80 para cerca de 150 concessionárias. Com isso, os franceses esperam se aproximar de outras marcas estrangeiras atuantes no país, como Nissan, Skoda e Renault, que venderam no ano passado 29 mil, 35 mil e 42 mil carros, respectivamente.

Apesar de contar com basicamente o mesmo design no Brasil e na Índia, o C3 possui diferenças importantes de conteúdo. Por lá, as versões mais caras contam com diversos equipamentos que fazem falta no equivalente produzido em Porto Real (RJ). É o caso de faróis de LED com projetor elíptico, que contrastam com as luzes halógenas (amarelas e bem mais simples) do brasileiro.

Destaque ainda para partida por botão, seis airbags, piloto automático, retrovisor interno eletrocrômico, câmera 360 graus e retrovisores externos retráteis — todos fora da lista do C3 brasileiro, que tem somente os dois airbags obrigatórios por lei e partida apenas na chave. Em compensação, o nacional tem controle de estabilidade (ESP) e Isofix de série.

Em comum com o indiano, o modelo nacional ganhou recentemente (apenas nas versões XTR e You) painel com revestimento em couro na parte superior e quadro de instrumentos digital com diversas funções (incluindo o esperado conta-giros). A multimídia de 10 polegadas e conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay também é a mesma nos dois carros.

Outra diferença importante entre os dois C3 está na motorização. Enquanto o brasileiro adota motores 1.0 aspirado Firefly de 75 cv e 1.0 turbo GSE de 130 cv, o indiano conta com propulsores 1.2 aspirado de 82 cv e 1.2 turbo de 110 cv, ambos da família Puretech.

Assim como o C3, o Aircross topo de linha tem equipamentos extras para atender à demanda do mercado indiano. A lista inclui seis airbags (contra quatro do brasileiro), saídas de ar-condicionado para o banco traseiro (e não apenas o ventilador de teto presente na versão de sete lugares) e apoio de braço dianteiro mais amplo.

Destaque ainda para o sistema de conectividade via internet, que envia informações sobre o carro para o celular do motorista. Há ainda faróis de LED com projetor, enquanto o brasileiro usa luzes halógenas. Em comum, os dois têm o painel com acabamento revestido em couro e ar-condicionado digital (itens adicionados ao catálogo recentemente).

No caso do Basalt, o banho de loja promovido pela Citroën na Índia foi ainda mais profundo. Por lá, o SUV cupê adquiriu pegada premium nas versões mais caras e ganhou uma série de elementos exclusivos. É o caso do painel, que foi inteiramente redesenhado na última atualização e em nada lembra o anterior, ainda usado por C3 e Aircross.

As linhas agora são mais horizontais e o acabamento recebeu refinamento extra, a exemplo do revestimento em couro que cobre quase toda a superfície do painel e portas. Destaque ainda para detalhes na cor bronze, novos bancos revestidos em bege e preto, novas saídas de ventilação (tanto centrais quanto laterais), console central inédito, nova manopla de câmbio, central multimídia com moldura reformulada e novo quadro de instrumentos digital.

Na lista de equipamentos, o Basalt topo de linha indiano tem assentos ventilados, seis airbags, partida sem chave, iluminação ambiente branca, faróis de neblina de LED, faróis principais com projetores também em LED, retrovisor interno com escurecimento automático e câmera de 360 ​​graus — todos indisponíveis no modelo brasileiro.

É exclusividade também o assistente de voz “Cara”, capaz de executar funções como rastreamento de status de voo em tempo real, otimização de tráfego e rotas de acordo com os horários de voo, atualizações do status do veículo, suporte multimídia, chamadas SOS, lembretes inteligentes e muito mais.

Sob o capô, o Basalt indiano tem motores 1.2 aspirado de 82 cv e 1.2 turbo de 110 cv, ambos da família Puretech. O câmbio pode ser manual de cinco ou seis marchas, bem como automático de seis velocidades.

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Fonte: direitonews

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