A Stellantis lançou seu conjunto híbrido leve de 12 Volts em 2024 por meio dos Fiat Pulse e Fastback. Neste ano, o sistema chegou (ainda que com algum atraso) aos Peugeot 208 e 2008. Já em 2026, a tecnologia fará sua estreia nos carros da Citroën.
Autoesporte apurou que a marca de origem francesa planeja o lançamento de Basalt e Aircross equipados com o sistema híbrido leve de 12 Volts aliado ao motor 1.0 da família GSE T3 turbo flex de três cilindros e 12 válvulas com injeção direta e comando de válvulas variável. O conjunto será uma das novidades da linha 2027 da dupla.
A tecnologia desenvolvida pela engenharia da Stellantis em Betim (MG) substitui o alternador usual por um motor elétrico ligado ao virabrequim por meio de correia. Assim, basta o motor começar a girar para que ele seja ativado. O sistema é conhecido como BSG (gerador por correia, na sigla em inglês), faz vezes do próprio alternador e do motor de arranque por cremalheira. Em resumo, opera a partida do veículo e o sistema start-stop.
A proposta no caso dos Citroën será, claro, a mesma de Fiat Pulse e Fastback e de Peugeot 208 e 2008. E é simples: recuperar energia para alimentar baterias por meio da desaceleração ou frenagem regenerativa e melhorar eficiência energética especialmente em ciclo urbano.
O caso do C3 é um pouco diferente. O hatch tem apenas uma versão equipada com motor 1.0 GSE de até 130 cv de potência e 20,4 kgfm e câmbio automático do tipo CVT e sete marchas simuladas. Embora considere adaptar o sistema para o modelo, a Citroën ainda pondera. Trata-se apenas de estratégia de mercado; até mesmo porque os preços do compacto não sofreriam impacto tão grande com a atualização.
Importante destacar que o C3 pode, inclusive, receber variante elétrica. Com desenho registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e aparições no Brasil em caráter de testes desde 2023, o ë-C3 pode ser uma boa para o nosso mercado, especialmente se levarmos em consideração os planos de eletrificação da Stellantis. Isso, contudo, ainda se enquadra no reino das possibilidades.
Bom ainda dizer que a gestão da Citroën na região nunca se esquivou das perguntas acerca do tema eletrificação do portfólio. Assim como executivos da Peugeot sempre deixaram claro que a transição energética faz parte dos planos no Brasil.
Evidentemente, as marcas da Stellantis não comentam sobre lançamento de produtos futuros, mas é notório que todas caminharão por trilhas similares em nosso mercado. Não à toa a Citroën parte rumo aos híbridos leves. E, quem sabe, até mesmo, em direção aos EVs por meio do ë-C3.
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Fonte: direitonews