Cientistas identificam em novo estudo um tipo de exercício que mata células cancerígenas


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O conselho mais tradicional de saúde segue se confirmando: praticar exercícios regularmente é fundamental para prevenir obesidade, envelhecimento precoce e doenças crônicas. Agora, uma nova pesquisa mostra que até mesmo uma única sessão de treino pode ter efeitos diretos no combate ao câncer.

Pesquisadores da Edith Cowan University, na Austrália, recrutaram mulheres que sobreviveram ao câncer de mama para avaliar os impactos imediatos de duas modalidades de exercício: o treinamento de resistência (como musculação) e o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT).

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Segundo o estudo, publicado na revista Breast Cancer Research and Treatment, uma sessão de 45 minutos desses treinos aumentou em até 47% a presença de mioquinas no sangue — proteínas liberadas pelos músculos durante o esforço físico que ajudam na comunicação com outros órgãos, regulam o metabolismo e reduzem moléculas inflamatórias ligadas ao desenvolvimento de células cancerígenas.

Os cientistas estimam que esse aumento pode reduzir o crescimento das células de câncer em 20% a 30%.

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“Ao demonstrar efeitos anticâncer em nível celular, nossos resultados oferecem uma explicação potencial para o motivo pelo qual o exercício reduz o risco de progressão, recorrência e mortalidade do câncer”, afirmou Francesco Bettariga, autor principal do estudo e doutorando na universidade australiana. “Embora nosso estudo tenha limitações e mais trabalhos in vivo sejam necessários, os achados destacam como o exercício pode contribuir para melhores taxas de sobrevivência em pessoas com câncer.”

Como foi o estudo

Participaram 32 pacientes tratadas de câncer de mama em estágios 1 a 3, com idade média de 59 anos e índice de massa corporal (IMC) de 28. No grupo de resistência, foram feitos exercícios como supino, remada, desenvolvimento de ombros, puxada, leg press, extensões e flexões de pernas, além de avanços. Já no grupo HIIT, as voluntárias realizaram sete séries de 30 segundos de esforço intenso em equipamentos como bicicleta ergométrica, esteira, remo e elíptico, com três minutos de descanso entre cada série.

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O sangue das participantes foi analisado antes, logo após e 30 minutos depois da sessão. Os resultados mostraram que os dois tipos de exercício aumentaram a liberação de mioquinas com efeitos anticâncer. No HIIT, o destaque foi a proteína IL-6, que subiu 47% logo após o treino. No grupo de resistência, houve um aumento de 23% na decorina, reguladora do crescimento tecidual, e de 9% na IL-6.

“Descobrimos que tanto o treinamento de resistência quanto o HIIT aumentaram a liberação de mioquinas com propriedades anticâncer após apenas uma sessão”, explicou Bettariga. “O que chamou atenção foi que ambas as modalidades tiveram efeitos comparáveis, sugerindo que a intensidade do exercício é o principal fator dessas mudanças, e não o tipo específico de treino.”

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Relevância e próximos passos

O câncer de mama atinge cerca de 311 mil mulheres nos Estados Unidos todos os anos e provoca 42 mil mortes, de acordo com a American Cancer Society. Embora a taxa de sobrevivência seja alta (92%), cai para 33% quando a doença se espalha para outras partes do corpo.

Apesar de promissores, os resultados se aplicam apenas ao câncer de mama e ainda precisam ser confirmados em outras formas da doença.

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“O câncer de mama é o mais comum entre mulheres e a principal causa de morte relacionada a câncer nesse grupo. Surpreendentemente, nenhum estudo com esse desenho específico havia sido conduzido nesta população, o que torna nossos resultados altamente relevantes para milhões de mulheres que vivem com a doença”, disse Bettariga.

O pesquisador destacou que a próxima etapa é investigar os efeitos de programas de exercícios de longo prazo e analisar mais a fundo o papel do sistema imunológico no controle das células cancerígenas.

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“Chegou a hora de examinar os efeitos de programas regulares e duradouros de exercício sobre essas respostas anticâncer. Também queremos explorar mecanismos adicionais, em especial o papel do sistema imunológico, que é crucial para controlar o crescimento das células cancerígenas”, concluiu.

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Fonte: gazetabrasil

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