Pesquisadores da Universidade Oregon Health & Science (OHSU), nos EUA, apontam que é possível reprogramar células somáticas, como as da pele, para se tornarem gametas femininos transformando o núcleos desse tipo de célula em óvulos capazes de dar origem a embriões iniciais.
O estudo, publicado na revista Nature Communications nesta semana, sugere que os óvulos derivados dessas células podem sustentar pelo menos as primeiras etapas do desenvolvimento embrionário.
De acordo com o estudo, o núcleo de uma célula da pele, que contém 46 cromossomos, foi transferido para um óvulo doador previamente esvaziado do seu núcleo.
Para que esse novo óvulo tivesse o número correto de cromossomos (23), os cientistas induziram artificialmente uma divisão celular semelhante à meiose, chamada de mitomeiose.
Entretanto, o estudo reforça que a pesquisa está em estágio inicial e que não há aplicação clínica imediata, pois faltam correções de falhas genéticas e comprovação de segurança para seu uso em reprodução assistida.
Quando os óvulos reconstruídos alcançaram esse estágio, foram fertilizados com espermatozoides humanos.
Em alguns casos, eles conseguiram se desenvolver até a fase de blastocisto, que é o estágio inicial do embrião, formado por volta do quinto ou sexto dia após a fertilização. No entanto, dos 82 óvulos criados, menos de 10% chegaram à fase de blastocisto.
Além disso, todos os embriões apresentaram algum tipo de anomalia cromossômica, como número incorreto ou erros de emparelhamento, o que impede qualquer possibilidade de gerar uma gestação saudável.
Fonte: sputniknewsbrasil