Cientistas chineses propõem lançador magnético na Lua para enviar recursos para a Terra


De acordo com o South China Morning Post (SCMP), cientistas do Instituto de Engenharia de Satélites de Xangai sugerem que a instalação de levitação magnética funcionará com o mesmo princípio do lançamento de martelo no atletismo, mas a rotação em velocidade crescente será realizada antes da cápsula de carga ser enviada para a Terra.
Os cientistas estão convencidos de que, devido às condições ambientais únicas na Lua, como alto vácuo e baixa gravidade, as cargas úteis podem ser enviadas duas vezes por dia, e o custo desse transporte será de cerca de 10% do custo dos métodos existentes.
“A prontidão técnica do sistema é relativamente alta. Como ele consome apenas eletricidade e não requer nenhum propulsor, será relativamente pequeno em escala e simples de implementar”, disseram os cientistas em seu artigo.
Eles também observaram que a principal tarefa será a extração de hélio-3 para ajudar a resolver o problema da crise energética na Terra. O projeto, na opinião deles, também contribuirá para o desenvolvimento de tecnologias de mineração espacial, veículos de lançamento pesados e inteligência artificial (IA).
Superlua registrada em Brasília em 26 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.08.2024

O sistema de lançamento proposto vai usar um braço giratório de 50 metros de comprimento e um motor supercondutor de alta temperatura para lançar cápsulas com recursos minerados. Dez minutos após o lançamento, a velocidade de rotação do braço atingirá a segunda velocidade cósmica da Lua de 2,4 quilômetros por segundo e cerca de um sexto da segunda velocidade cósmica da Terra — e o colocará na trajetória correta para retornar à superfície de nosso planeta.
O sistema foi projetado para durar pelo menos 20 anos, mas deve pesar cerca de 80 toneladas, então, antes que possa ser entregue à Lua, será necessário esperar o início da operação do veículo de lançamento superpesado chinês, disse a publicação.
A equipe que trabalha no planejamento sugeriu que ele poderia fazer parte de um projeto conjunto russo-chinês proposto para construir uma estação de pesquisa no polo sul da Lua até 2035.
O acordo intergovernamental russo-chinês sobre a criação conjunta da Estação Lunar Científica Internacional (ISLS, na sigla em inglês) foi assinado em 25 de novembro de 2022. O presidente russo Vladimir Putin ratificou o acordo em forma de lei este ano — que teve sua publicação em 25 de julho — indicando que a estação será criada em três fases e receberá módulos tanto na superfície do satélite natural da Terra quanto em sua órbita. Durante a terceira fase, está planejado não apenas estudar e desenvolver a Lua, mas também auxiliar outros países a pousar na Lua. As datas de implementação de cada uma das fases ainda não foram mencionadas.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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