“O gigantesco observatório terá mais de 55.000 detectores ao longo de 30 quilômetros cúbicos [7,2 milhas cúbicas] buscando vestígios de neutrinos cósmicos – minúsculas partículas subatômicas fantasmagóricas que carregam mensagens-chave do Universo distante”, diz o artigo.
O custo do projeto é estimado em US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão). O telescópio se juntará às instalações existentes, como o Observatório de Neutrinos IceCube no Polo Sul e o Observatório de Grande Altitude no Tibete, para posteriormente identificar as fontes das partículas de energia extremamente alta que constantemente bombardeiam a Terra.
Segundo o cientista chinês Cao Zhen, os raios cósmicos nascem dos processos mais catastróficos do Universo, como uma explosão de supernova, galáxias colidindo ou um buraco negro supermassivo vomitando jatos de materiais no espaço.
Já que os raios cósmicos consistem principalmente de partículas carregadas eletricamente, elas são desviadas por campos magnéticos à medida que varrem o Universo. Somente neutrinos, que não carregam carga elétrica, podem ser usados para localizar fontes de radiação, disse ele.
Os neutrinos raramente interagem com a matéria comum, portanto, a melhor maneira de capturá-los é construir grandes detectores em água limpa ou gelo transparente.
Existem dois telescópios desse tipo operando no mundo hoje: o Baikal-GVD na Rússia e o IceCube, dos EUA, na Antártica. Um terceiro está sendo construído no mar Mediterrâneo.
Cao disse que, se o lago Baikal for o local de construção, o projeto pode custar US$ 300 milhões.
“Temos planos de nos encontrar com cientistas russos em agosto e implantar a primeira série de detectores no lago para fins de testes no próximo ano”, cita a edição o cientista chinês Cao Zhen.
A equipe de cientistas também está ansiosa por construir um telescópio no mar do Sul da China.
Fonte: sputniknewsbrasil