A técnica dependeria da extração de hidrogênio e oxigênio do solo em temperaturas extremamente altas e foi descrita como “altamente prática” pela Academia de Ciências da China (CAS).
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Engenharia de Materiais de Ningbo, do Instituto de Física da CAS e de outras instituições criaram o método após estudar rochas lunares trazidas de volta à Terra pela sonda chinesa Chang’e-5 em 2020, segundo o South China Morning Post.
Chinese scientists uncover groundbreaking method to extract abundant water from lunar soil pic.twitter.com/bRW3DklbVE
— CGTN (@CGTNOfficial) August 22, 2024
A equipe descobriu que alguns dos minerais no solo lunar – especialmente o mineral óxido ilmenita – armazenam grandes quantidades de hidrogênio como resultado de bilhões de anos de exposição ao vento solar.
Quando aquecido, o hidrogênio reage quimicamente com óxidos de ferro nos minerais para produzir grandes quantidades de água, bem como ferro e vidro cerâmico. Então, quando a temperatura passar de 1.000 graus Celsius, o próprio solo lunar começará a derreter, liberando água na forma de vapor, explica a mídia.
A equipe disse que estudou o solo lunar usando técnicas como microscopia eletrônica de alta resolução e concluiu que 1 grama de solo lunar produziria cerca de 51 a 76 miligramas de água. Isso significa que uma tonelada de solo lunar poderia produzir cerca de 50 litros – “basicamente o suficiente para 50 pessoas beberem em um dia”, disse a academia.
Uma variedade de missões nos próximos anos continuará a busca por água na Lua, incluindo o orbitador Luna 26 da Rússia e a missão Chang’e-7 da China, cujo lançamento está previsto para 2026, aproximadamente, e pousará no polo sul lunar.
A busca por água tem sido uma das principais prioridades das missões de exploração lunar, mas esforços anteriores se concentraram na busca por reservas naturais de água.
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Fonte: sputniknewsbrasil