Qual o objetivo do chip da Neuralink?
“O estudo, que é o Prime Study, ele na verdade desde setembro de 2023 já está sendo colocado aberto para recrutamento. Tanto que se você for no site da Neuralink vai ter lá o announcement de 19 de setembro de 2023. Mas realmente você tem uma brochura onde eles falam sobre o estudo e tudo, que tem critérios muito bem estabelecidos de aceitação de pacientes para a pesquisa e de exclusão de pacientes à pesquisa”, explica.
Quais os riscos associados à tecnologia?
“Então a gente tem que tomar muito cuidado porque, com toda a franqueza, fazer com que pessoas se tornem semimáquinas isso é muito perigoso.”
“Eles [dados] têm que ser realmente protegidos contra o acesso não autorizado. Imagina se esses dados forem hackeados? Qualquer dispositivo que tem uma conexão com a Internet ou qualquer outra rede pode ser hackeada, então temos que pensar nisso”, afirma o especialista.
“Obviamente há riscos. Como a gente está lidando com ciência, há riscos calculados. Se os riscos são conhecidos, supera-se. No entanto, riscos desconhecidos não têm como ser superados pelos benefícios porque eu não sei [quais são os riscos]. Mas se for de acordo com o que está sendo exposto pela empresa, pela Neuralink, sim, faz sentido e o benefício é maior.”
Dispositivos implantados são uma tendência irreversível?
“Por exemplo, [o uso de] smartwatches que verificam se o paciente teve fibrilação atrial, que é uma arritmia do coração, já está aplicado no nosso dia a dia de maneira cotidiana mesmo. Creio que a tendência dos wearables vá se manter e vá crescer para aumentar cada vez mais a eficiência de dados que precisam de controle do ser humano. Então, sim, creio que o futuro vai ser bastante recheado de dispositivos que vão otimizar cuidados médicos e otimizar a saúde do ser humano”, conclui.
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Fonte: sputniknewsbrasil