Após Zeekr, Omoda Jaecoo, GAC e Geely estrearem no Brasil em um período de um ano, mais uma fabricante de carros da China se prepara para iniciar as operações em nosso mercado. É a MG, marca do grupo Saic, um dos maiores do país asiático.
Postagens em redes sociais mostram que já há dezenas de veículos desembarcados no Brasil. Pelas imagens, é possível ver apenas o Cyberster. Mas a linha será maior.
Outro indício de que a operação está muito próxima de seu início é que a MG acaba de colocar no ar site oficial e perfil nas redes sociais. Além disso, deu alguns “spoilers” dos produtos que serão vendidos no Brasil. Inicialmente, a linha será composta por três modelos elétricos, incluindo um esportivo de mais de 500 cv.
O início das operações ainda não foi divulgado, mas deve acontecer nos próximos meses. Vale lembrar que a MG está confirmada no Salão do Automóvel, no final de novembro. É possível que as lojas abram dias antes, para que o público do evento possa conhecer melhor os modelos.
Em julho, a MG já havia dado indícios dos modelos que venderia no Brasil. Isso porque a marca homologou o trio formado por MG4, MGS5 e Cyberster no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro.
Agora, com site e redes sociais, a marca já trabalha na divulgação dos produtos. O que recebe maior atenção é exatamente o esportivo conversível Cyberster, o único com informações técnicas disponíveis.
A versão escolhida para o Brasil é a mais potente. São 510 cv, suficientes para levar o modelo aos 100 km/h em 3,2 segundos, tempo mais rápido que um Porsche 911 Carrera S, por exemplo. No Inmetro, a autonomia das baterias de 77 kWh é de 342 km.
O Cyberster foi apresentado em 2023 e se destaca pelo design agressivo, incluindo as chamativas portas com abertura vertical, do tipo tesoura. Ao todo, mede 4,53 metros de comprimento, 1,91 m de largura, 1,32 m de altura e 2,69 m de distância entre-eixos.
Na cabine, tem um conjunto de quatro telas, sendo que três delas servem como quadro de instrumentos. Uma quarta, vertical, fica no console central.
Além do Cyberster, a marca chinesa vai vender o SUV médio MGS5 e o hatch médio MG4. Há um ponto curioso nas comunicações da marca, no entanto. O banner apresentado no site mostra a geração anterior do MG4.
Com nova geração recentemente apresentada no mercado internacional, o MG4 cresceu em relação à linhagem anterior e agora tem 4,39 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,55 m de altura e 2,75 m de distância entre-eixos. Para efeito de comparação, o modelo antigo possuía 4,28 m, 1,83 m, 1,51 m e 2,70 m, respectivamente. Já o peso foi reduzido, caindo de 1.620 kg para aproximadamente 1.485 kg.
Segundo o registro do Inmetro, o MG4 será vendido no Brasil nas versões Comfort e Luxury, com opção de tração 4×4. Todas terão em comum a bateria de lítio-ferro-fosfato com 64 kWh de capacidade.
O órgão revela que a autonomia será de 364 km na opção com tração simples e 279 km com tração integral. A potência do motor não foi revelada, mas, no exterior, a MG divulga 163 cv.
Já o MGS5 também foi apresentado recentemente no exterior. O SUV mede 4,48 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,62 m de altura e 2,73 m de distância entre-eixos. Ou seja, tem porte similar ao de um Toyota Corolla Cross, por exemplo. O porta-malas tem em torno de 460 litros de capacidade.
Para o Brasil, onde já foi flagrado em testes, será vendido nas versões Comfort e Luxury, sempre com bateria de 62 kWh de capacidade. A tabela do PBEV revela autonomia de 351 km nos dois casos. Na China, o modelo tem motor elétrico com 170 cv de potência e 25,5 kgfm de torque. Resta saber se os números serão os mesmo por aqui. Brigará com o BYD Yuan Plus e companhia.
Leitores com boa memória vão se recordar que a MG já esteve no Brasil. Foi entre 2011 e 2013, quando foi representada pela importadora Forest Trade.
Apesar de ter sido fundada e ter sede na Inglaterra, há quase 20 anos a MG faz parte do grupo Saic, gigante chinesa que também é dona da marcas Maxus. Fora isso, é parceira de Volkswagen e Chevrolet na China.
O retorno ao Brasil, feito por meio de operação própria, sem parceiros, acontece após cerca de dois anos de especulações. Após a publicação da reportagem, a MG confirmou que a rede de concessionárias terá 24 lojas.
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Fonte: direitonews