China tem argumentos para não ter favorito na corrida Biden-Trump, descobre inteligência dos EUA


Os dois lados, ouvidos pela mídia, alegam que Pequim não tem preferência uma vez que, na interpretação do governo chinês, os laços entre as duas maiores economias do mundo continuarão na sua trajetória descendente de longo prazo, e que ambos os candidatos pretendem conter a China e impedir a sua ascensão.
“Nenhum dos dois é um candidato perfeito, para dizer o mínimo. Biden é um guerreiro da Guerra Fria, que não se importa se empurra o mundo para um conflito, enquanto Trump provavelmente imporá sanções e tarifas à China na prossecução da sua agenda que prioriza a América”, afirmou Gao Zhikai, um ex-diplomata chinês que serviu como tradutor do falecido líder Deng Xiaoping.
Se o ex-presidente voltar a ocupar o cargo máximo da Casa Branca, Pequim pode enfrentar pronunciamentos provocativos, políticas imprevisíveis e um impulso renovado para medidas anti-China, disseram autoridades norte-americanas e chinesas.
No entanto, o outro lado destas preocupações, acreditam as autoridades chinesas, é que uma eventual presidência de Trump poderia enfraquecer os laços de Washington com os seus aliados, abrindo oportunidades para Pequim.
O primeiro mandato do ex-presidente foi caracterizado por atritos repetidos com aliados europeus sobre gastos com defesa, bem como reclamações periódicas sobre o custo da proteção que os EUA proporcionam ao Japão e à Coreia do Sul.
Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, seu homólogo chinês, falam depois do encontro realizado. Mar-a-Lago, 7 de abril de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2024

Já o democrata, preocupa a China visto que seria provável o seu esforço para fortalecer as parcerias regionais e resistir à assertividade chinesa, de acordo com autoridades dos EUA e da China.
Ao mesmo tempo, Biden “pode prestar mais atenção às opiniões dos seus aliados, que provavelmente exigirão cautela e moderação. Isso pode ser bom para a China”, disse Jia Qingguo, um proeminente acadêmico e membro permanente do comitê do principal órgão consultivo político de Pequim, em uma entrevista neste mês, citada pela mídia.
Independentemente de quem prevalecer nas eleições de novembro, os responsáveis ​​em Washington e Pequim preparam-se para períodos mais tensos.
“Do ponto de vista chinês, só precisamos aguardar. Quem quer que ganhe, a China precisa lidar com eles como são, em vez de esperar o irrealista”, disse Gao, o ex-diplomata.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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