Pequim rebateu na terça-feira (23) a ação japonesa e disse que se “opõe firmemente às providências de controle de exportação do governo japonês” chamando a prática de “abuso de medidas“.
“A ação é um abuso das medidas de controle de exportação e um grave desvio das regras de livre comércio e das regras econômicas e comerciais internacionais”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio chinês à agência Xinhua.
O porta-voz também declarou que, durante o período de consulta pública sobre as medidas japonesas, as indústrias chinesas apresentaram observações e várias associações industriais emitiram publicamente declarações contrárias à determinação, com alguns grupos industriais japoneses e empresas também expressando suas preocupações sobre incertezas futuras.
“Lamentavelmente, as medidas de controle de exportação, desconsiderando as exigências razoáveis da indústria, prejudicarão gravemente os interesses das empresas chinesas e japonesas, bem como a cooperação econômica e comercial entre os dois países. Também vão perturbar a estrutura global da indústria de semicondutores e enviar ondas de choque para a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de fornecimento”, afirmou.
A autoridade instou o Japão a “corrigir imediatamente suas práticas erradas“, a fim de “para evitar medidas que atrapalhem a cooperação normal e o desenvolvimento das indústrias de semicondutores dos dois países”, uma vez que a China “reserva-se o direito de tomar medidas para assegurar resolutamente seus legítimos direitos e interesses”.
O governo japonês anunciou na terça-feira (24) que lançará, até no máximo julho, novas diretrizes para a Lei de Câmbio e Comércio Exterior com foco na China.
O esforço para dificultar as transações acontece depois que, em fevereiro, Tóquio aceitou participar da política dos Estados Unidos de limitação de exportações de semicondutores avançados para Pequim, conforme noticiado.
Fonte: sputniknewsbrasil