China pode superar EUA em ‘corrida lunar’, diz analista

O diretor do Centro de Pesquisa Espacial e Tecnologias da Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear, Yevgeny Styopin, acha que agora é possível marcar a presença de uma “corrida lunar” entre os Estados Unidos e a China.

O especialista menciona a execução metódica e sistemática do programa espacial chinês como o fator objetivo principal que explica a atual liderança da China na exploração da Lua.

Apontando para o fato do encerramento bem-sucedido da primeira etapa lunar do programa espacial chinês, Styopin destacou que os chineses prepararam foguetes portadores, realizaram testes da nave espacial Longa Marcha-10 (ChangZheng-10), ensaiaram a aterrissagem do módulo lunar em condições de microgravidade e, além disso, usaram um veículo não tripulado para tirar uma amostra do solo da Lua e o trazer para a Terra.

Em 30 de outubro, o chefe interino da NASA, Sean Duffy, disse que os EUA não permitirão que a China se antecipe e anunciou o novo programa lunar Artemis-3. Em 2026, os EUA vão enviar quatro astronautas para a órbita ao redor do satélite da Terra e, em 2027, farão o primeiro pouso lunar tripulado desde o programa Apollo de 1969.

O projeto prevê o uso de duas espaçonaves, reabastecimento orbital e outros elementos complexos, cujo uso será um ensaio para uma futura expedição a Marte.

De acordo com o mapa da rota, os americanos deveriam pousar astronautas na Lua mais rapidamente e realizar pesquisas lá, mas, devido à complexidade e ao alto custo das soluções tecnológicas, muitos pontos ainda não foram resolvidos, e nesse contexto são possíveis atrasos e adiamentos constantes, relatou Styopin.

No início de outubro, o membro da Academia Chinesa de Ciências de Engenharia Long Lehao disse que o foguete chinês Longa Marcha-10, que está sendo desenvolvido para uma missão tripulada à Lua, alcançou um progresso fundamental nos testes. Até 2030, a China planeja pousar seus astronautas na superfície da Lua para realizar pesquisas científicas.