China: Japão quer se aproveitar da ‘ameaça chinesa’ para se livrar da Constituição pacifista


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“A China tem várias vezes especificado o seu posicionamento sobre o assunto. Durante um longo período, a parte japonesa tem alimentado de forma insistente a alegada ‘ameaça chinesa’, desenvolvendo incessantemente seus programas de mísseis e fazendo apelos para lançar um ataque de retaliação, o que não passa de um pretexto para criar forças armadas ofensivas”, declarou o diplomata.

Wanbin salientou que “por trás disso se esconde o desejo de Tóquio de acabar com as limitações da sua Constituição pacifista e voltar a embarcar na antiga linha de expansão militar”. Isso, segundo a chancelaria chinesa, mostra ao mundo que as tentativas do Japão de minar a ordem internacional estabelecida depois da Segunda Guerra Mundial devem preocupar a comunidade internacional.
Estudantes do Exército de Autodefesa japonês participam do exercício anual de tiro real das Forças de Autodefesa Terrestre do Japão no campo de tiro Higashi-Fuji em Gotemba, na província de Shizuoka, 23 de maio de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 01.09.2022

“Como país que tem uma importante responsabilidade histórica em relação aos seus vizinhos asiáticos, o Japão deve pensar seriamente sobre a história da sua agressão, respeitar os interesses de segurança de seus vizinhos e parar imediatamente todas as ações erradas de usar as chamadas ameaças de segurança ao seu redor como pretexto para fortalecer seu próprio poder militar“, sublinhou o diplomata.

Recentemente, o Ministério da Defesa japonês solicitou um orçamento recorde para o ano fiscal que vem no valor de 5.595 trilhões de ienes (R$ 209 bilhões). Além disso, o montante indicado não é definitivo. Espera-se que o valor total das despesas militares japonesas no ano que vem supere os 48 bilhões de dólares (R$ 243 bilhões).
O ministro responsável pela revitalização econômica e medidas para a nova pandemia de COVID-19 do Japão, Yasutoshi Nishimura, faz um discurso na sessão de abertura da câmara baixa do parlamento em Tóquio, 18 de janeiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 14.08.2022

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