“Independentemente de como a situação internacional e regional tenha mudado, a China sempre apoiou o povo palestino na justa causa de restaurar seus direitos nacionais legítimos”, afirmou Xi em uma reunião com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em Riad, na Arábia Saudita.
O líder chinês afirmou que a comunidade internacional deve priorizar a questão palestina e a instou a pedir a retomada das negociações com Israel.
As relações entre Israel e a Palestina têm sido adversas desde a fundação do estado em 1948. Os palestinos buscam o reconhecimento diplomático de seu próprio estado independente nos territórios da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, parcialmente ocupada por Israel, e a Faixa de Gaza.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na quarta-feira (7) que o país está disposto a continuar trabalhando com os Estados Unidos, a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) no chamado Quarteto do Oriente Médio, criado para ajudar a mediar as negociações de paz.
Xi em visita de Estado à Arábia Saudita até 10 de dezembro. Em Riad, o líder chinês participará da primeira Cúpula China-Estados Árabes e da Cúpula do Conselho de Cooperação China-Golfo. Essa é a primeira viagem de Xi a Riad desde 2016.
Nesta quinta-feira (8), Pequim e Riad assinaram 34 acordos de investimento. Xi disse que a China está pronta para fortalecer a parceria estratégica abrangente com a Arábia Saudita.
Segundo especialistas, a ida do líder chinês ao país árabe pode ser considerada uma visita verdadeiramente histórica. Para Maria Pakhomova, pesquisadora sênior do Centro de Pesquisa em Problemas Contemporâneos do Leste entrevistada pela Sputnik, a visita chinesa visa estreitar as relações com os países do golfo Pérsico, um importante centro mundial.
A especialista ressalta que o Oriente Médio está desempenhando um papel estabilizador, sendo cada vez mais importante no contexto da crise de segurança na Europa e da arruinação do mercado global de petróleo e gás pelo Ocidente.
Pakhomova ainda destaca que a visita chinesa possa ter sido motivada pela rivalidade com os Estados Unidos na região, onde os chineses disputam uma competição saudável e com métodos legais.