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As exportações da China registraram o crescimento mais lento em seis meses, diminuindo em agosto após o breve impulso de uma trégua comercial com os Estados Unidos. No entanto, a demanda em outros mercados ofereceu algum alívio para as autoridades, que buscam fortalecer uma economia que enfrenta baixa demanda interna e riscos externos.
Líderes econômicos contam com a diversificação de mercados por parte dos fabricantes para compensar a política comercial volátil do presidente dos EUA, Donald Trump. Essa estratégia lhes permite adiar a implementação de apoio fiscal adicional no último trimestre do ano.
Crescimento lento e diversificação de mercados
As exportações chinesas subiram 4,4% em agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados alfandegários divulgados nesta segunda-feira. O número ficou abaixo da previsão de 5% de uma pesquisa da agência Reuters e marca o crescimento mais lento em seis meses. O resultado também contrasta com o aumento de 7,2% em julho.
As importações cresceram 1,3%, uma queda em relação aos 4,1% do mês anterior e abaixo da previsão de 3%.
Apesar da desaceleração, o economista da Economist Intelligence Unit, Xu Tianchen, considerou os dados positivos. “Eu diria que o número ainda é decente e a resiliência das exportações durou mais do que esperávamos”, afirmou.
As ameaças de tarifas de Trump são um grande desafio para a economia chinesa, mas analistas apontam que as autoridades estão relutantes em implementar reformas econômicas mais duras sob pressão externa.
Queda nos EUA e aumento na Ásia
As duas maiores economias do mundo concordaram em 11 de agosto em estender sua trégua tarifária por mais 90 dias, mas parecem ter dificuldades para traçar um caminho além da pausa atual. Economistas alertam que, se as tarifas de Trump superarem 35%, se tornarão proibitivamente altas para os exportadores chineses.
Dados alfandegários mostram que as exportações da China para os Estados Unidos caíram 33,12% em agosto, enquanto os envios para países do sudeste asiático aumentaram 22,5% no mesmo período.
“Até agora, as exportações estão resistindo bem”, disse Dan Wang, diretora para a China do Eurasia Group. “Os envios para os Estados Unidos caíram, mas outras rotas estão até melhores do que no ano passado. Muitas exportações também estão ligadas a fábricas chinesas que se mudam para o exterior e importam matérias-primas e outros insumos da China”, acrescentou.
Os produtores chineses tentam exportar mais para mercados na Ásia, África e América Latina, mas nenhum desses países se aproxima do poder de consumo dos Estados Unidos, que já absorveu mais de US$ 400 bilhões anuais em produtos chineses.
O superávit comercial da China em agosto foi de US$ 102,3 bilhões, um aumento em relação aos US$ 98,24 bilhões de julho, mas ainda bem abaixo dos US$ 114,7 bilhões de junho. Analistas aguardam para ver se as autoridades chinesas aplicarão medidas fiscais adicionais no último trimestre do ano para estimular a demanda interna.
(Com informações da Reuters)
Fonte: gazetabrasil