China envia ministro à Itália para tentar manter país na Nova Rota da Seda; EUA pressionam Roma


Em meio às mudanças de posições na geopolítica atual, vários países têm reconsiderado suas relações bilaterais e acordos, um exemplo desse movimento é o que acontece entre a Itália e a China, visto que Roma não quer renovar sua parceria no programa Nova Rota da Seda.
Nesta quarta-feira (28), a primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, disse aos legisladores que a Itália pode ter excelentes relações com a China mesmo sem fazer parte da iniciativa.

“Existem avaliações em andamento. A questão deve ser tratada com cuidado e respeito, envolvendo também o parlamento”, afirmou a premiê segundo a Bloomberg.

Anteriormente, em meados de maio perto da cúpula do G7, o assunto já tinha vindo a público com o governo italiano afirmando que a possível não renovação seria feita “tendo em conta a reflexão mais ampla em curso com a OTAN, G7 e parceiros da UE sobre a relação com a China”, conforme noticiado.
Diante deste contexto, a China enviou nesta semana Liu Jianchao, ministro do Departamento Internacional do Partido Comunista, enquanto Pequim tenta persuadir a nação europeia a não deixar o principal pacto de investimento global chinês.
Liu manteve reuniões com o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, o presidente do Senado, Ignazio La Russa, e o ex-primeiro-ministro Massimo D’Alema, de acordo com mídia.

“Foi uma decisão correta da China e da Itália assinarem o acordo da Nova Rota da Seda”, disse Liu, acrescentando que o acordo “não se concentra apenas no presente, mas também olha para o futuro”, segundo comunicado oficial do Partido Comunista.

A Itália entrou para o acordo em 2019, quando Giuseppe Conte era primeiro-ministro, tornando-se a única nação do G7 a aderir ao pacto.
Jia Guide, embaixador chinês no país europeu, alertou na semana passada que haveria “consequências negativas” se Roma “decidir imprudentemente” se retirar.
A Bloomberg afirma que a Itália está no meio das crescentes tensões entre Washington e Pequim, e que os Estados Unidos pressionaram Roma a assumir uma posição pública e abandonar a Nova Rota da Seda, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
Pequim está tentando persuadir não só a Itália, mas toda a Europa, a adotar uma postura menos agressiva do que os EUA, que recentemente impuseram uma série de controles de exportação à China para restringir seu acesso à tecnologia avançada.

Fonte: sputniknewsbrasil

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