China bloqueia uso de chips da Intel e AMD em computadores governamentais, diz mídia


De acordo com o Financial Times (FT), a China introduziu novas diretrizes sobre a eliminação de microprocessadores norte-americanos da Intel e AMD dos computadores e servidores governamentais, à medida que Pequim intensifica uma campanha para substituir o sistema operacional Windows da Microsoft e o software de gerência de dados com tecnologia estrangeira por soluções nacionais.
À medida que as batalhas comerciais entre EUA e China se intensificam, as últimas regras de aquisição de Pequim representam o passo mais significativo do país no fomento da produção nacional de tecnologia, em resposta aos embargos norte-americanos que bloquearam as exportações de chips avançados e ferramentas relacionadas para a China.
As autoridades chinesas começaram a seguir as novas diretrizes para a compra de computadores, laptops e servidores com processadores e sistemas operacionais “seguros e confiáveis” este ano, depois que elas foram divulgadas com pouco alarde pelo Ministério da Economia e pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação ainda em 26 de dezembro de 2023. A partir daí, os órgãos competentes chineses divulgaram uma lista de 18 processadores aprovados, dentre os quais os da Huawei e do grupo estatal Phytium.
Chips do fabricante chinês de semicondutores Tsinghua Unigroup são vistos durante a Conferência Internacional de Semicondutores de 2020, em Nanjing, China, 26 de agosto de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 14.03.2024

O movimento chinês liderado pelo Estado para se afastar do hardware e software estrangeiros “deve prejudicar as empresas norte-americanas na China”, começando pelos fabricantes de processadores para PC Intel e AMD, segundo o FT. No ano passado, a China foi o maior mercado da Intel, que absorve 27% dos seus US$ 54 bilhões (cerca de R$ 270,1 bilhões) em vendas. Para a AMD, a China corresponde a 15% dos US$ 23 bilhões (aproximadamente R$ 115 bilhões) em vendas.
Para a Intel ou AMD entrarem na lista de processadores aprovados, as empresas devem enviar a documentação completa e o código de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de seus produtos. O principal critério de avaliação é o nível de design, desenvolvimento e produção concluído na China, de acordo com um aviso da agência estatal de testes.
Com a substituição dos sistemas operacionais e suas tecnologias, analistas da Zheshang Securities ouvidos pelo FT estimam que o país precisará investir ¥ 660 bilhões (cerca de R$ 455,2 bilhões) entre 2023 e 2027 para substituir a infraestrutura de tecnologia de informação (TI) no governo, órgãos partidários e oito grandes indústrias.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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