China alerta Japão para não agir como ‘vanguarda da OTAN’ na Ásia-Pacífico


O pedido chinês acontece após a publicação do livro branco de Defesa do Japão deste ano. No texto, Tóquio deu forte ênfase à questão de Taiwan.
A primeira vez que a ilha foi mencionada no livro foi em 2021, e gradualmente a linguagem sobre o assunto foi intensificada nos anos seguintes, tendo sido a deste ano a mais forte até agora.
No texto desta semana, o Japão diz pela primeira vez que a série de exercícios militares de larga escala da China ao redor da ilha provavelmente “demonstrou pelo menos parte da estratégia de invasão de Pequim“, ao mesmo tempo em que atribui a culpa diretamente à potência militar chinesa pelas tensões contínuas.
Destróier japonês Suzutsuki participa de desfile naval para comemorar o 70º aniversário da fundação da Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP) da China no mar perto de Qingdao, província de Shandong, China, 23 de abril de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 11.07.2024

A China expressou forte insatisfação e oposição ao texto na sexta-feira (12), com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, relembrando que “o Japão invadiu e exerceu domínio colonial sobre Taiwan e carrega sérias responsabilidades históricas pelo sofrimento que impôs ao povo chinês. O Japão não está em posição de apontar o dedo para a questão de Taiwan”.

“O livro branco da Defesa do Japão 2024 interfere gravemente nos assuntos internos da China, busca novamente enfatizar a narrativa da ‘ameaça chinesa’ e exagera as tensões regionais. Nós lamentamos e rejeitamos isso. […] a questão de Taiwan é puramente um assunto interno que não tolera interferência externa. […] Dado o histórico de agressão militarista do Japão durante o último século, os movimentos militares e de segurança do Japão têm sido observados de perto por seus vizinhos asiáticos e pela comunidade internacional”, disse o porta-voz.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, concordou com o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, durante a cúpula da OTAN em Washington, nesta semana, que Tóquio e Seul fortalecerão a cooperação com os Estados Unidos, bem como com os parceiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ásia-Pacífico.
Membro da plateia segura bandeiras dos EUA e da Coreia do Sul na cerimônia de comemoração do 64º aniversário da assinatura do armistício no Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia de Nova Jersey em Atlantic City, Nova Jersey. EUA, 27 de julho de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 12.07.2024

O porta-voz do MRE chinês acrescentou que “a Ásia-Pacífico não precisa de blocos militares, muito menos de confrontos entre grandes países ou clubes de países pressionando por uma nova Guerra Fria, convocando o Japão e a Coreia do Sul a aderirem ao caminho certo da cooperação Ásia-Pacífico, a desempenharem um papel construtivo na manutenção e promoção da paz, estabilidade, desenvolvimento, e não atuar como a ‘vanguarda’ da expansão da OTAN na Ásia-Pacífico”, complementou o diplomata.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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