China abre diálogo com montadoras brasileiras para evitar paralisações por falta de chips


Neste sábado (1º), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi informado pelo embaixador da China no Brasil, Zhu Quingqiao, que o país iniciará um diálogo com as montadoras brasileiras para evitar paralisações na produção pelo desabastecimento de chips necessários à produção de carros flex.

“A cadeia automotiva emprega 1,3 milhão de pessoas e tem impacto direto em outros setores, como siderúrgico, químico, plástico e borracha. Ainda temos de ver como isso se dará na prática, mas hoje demos um passo importante para que indústria automotiva brasileira continue crescendo e gerando empregos de qualidade”.

Em meados de outubro, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) já havia soado o alarme quanto a possibilidade de colapso do setor nacional devido à dificuldade de importação de semicondutores. Apenas um veículo pode utilizar, em média, de mil a três mil chips em diferentes componentes.
Na última terça-feira (28), o vice-presidente se reuniu com entidades do setor, como a Anfavea, Sindipeças, Abipeças e representantes dos trabalhadores, que pediram o apoio do governo brasileiro, junto ao governo chinês, para que o Brasil não seja prejudicado.
Pátio de montadora em São Bernardo do Campo - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2025

A crise no fornecimento de chips ao Brasil “é um reflexo das disputas internacionais em torno da fabricação de semicondutores, envolvendo China e EUA”, explicou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em nota.
A situação piorou em outubro deste ano, quando o governo holandês tomou controle da Nexperia, subsidiária europeia da chinesa Wingtech responsável pela produção de semicondutores em território europeu.
Os Países Baixos, se utilizaram da Lei de Disponibilidade de Bens, que permite ao governo assumir o controle de uma empresa como forma de assegurar o fornecimento de bens essenciais.
Em comunicado, Amsterdã informou que a antiga gestão da Nexperia “representava uma ameaça à continuidade e à salvaguarda, em território holandês e europeu, de conhecimentos e capacidades tecnológicas cruciais”, e acrescentou que “a perda dessas capacidades poderia representar um risco para a segurança econômica holandesa e europeia”.
Em resposta, as unidades chinesas da Nexperia cessaram todas suas exportações. Segundo o porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yongqian, a tomada forçosa feita pelo governo holandês é “um claro exemplo de como a influência americana prejudica os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.
Como resultado do encontro bilateral entre os presidentes chinês, Xi Jinping, e estadunidense, Donald Trump, uma solução para o impasse parece estar sendo concretizada.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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