Além de investir pesado no lançamento de carros elétricos, a exemplo de Spark, Captiva, Equinox e Blazer, a Chevrolet do Brasil promete dar atenção especial ao mercado de híbridos. A marca seguirá os passos das rivais Fiat, Peugeot e Toyota, que já operam na categoria, e também oferecerá um conjunto do tipo em carros nacionais. A novidade chegará às lojas em 2026 e fará parte do investimento de R$ 7 bilhões que será aplicado no país até 2028.
O próprio vice-presidente da General Motors para a América do Sul, Fabio Rua, confirmou a informação recentemente durante entrevista ao portal Uol. O executivo adiantou que serão dois modelos híbridos e que ambos serão os primeiros da marca com motorização flex em todo o mundo. As identidades não, porém, foram reveladas, mas Autoesporte adianta em primeira mão quais são os referidos carros: Tracker e Montana.
Tanto o SUV compacto quanto a picape intermediária terão o sistema híbrido associado ao conhecido motor 1.2 turbo flex. Segundo o próprio Rua, o conjunto será do tipo híbrido leve (MHEV), ou seja, diferente do sistema paralelo (HEV) da Toyota e mais próximo do sistema usado pela Fiat. A diferença é que o GM será de 48 volts, contra a tecnologia de 12 volts da Stellantis.
Com um sistema mais robusto, a Chevrolet espera deixar Tracker e Montana consideravelmente mais eficientes. Isso porque o MHEV de 48 volts proporciona ajuda momentânea, aumentando ligeiramente números de potência e torque em condições específicas, como ultrapassagens e retomadas. Dessa forma, reduz o esforço do motor a combustão, contribuindo positivamente para o consumo de combustível e as emissões.
O sistema inclusive deve ser baseado no já utilizado na China pelo Monza. A diferença de aplicação é no motor. Em vez de o 1.3 do modelo chinês, o 1.2 produzido em Joinville (SC).
Hoje, o motor 1.2 turbo flex, de três cilindros e com injeção direta, rende sozinho 141 cv de potência e 22,9 kgfm de torque. O “empurrãozinho” da eletrificação poderá elevar ligeiramente os números, embora ainda não haja confirmação. Já o câmbio seguirá automático de seis marchas, como acontece hoje.
Do ponto de vista do consumo, os números serão melhores que os de hoje. Atualmente, segundo o Inmetro, o Tracker 1.2 turbo faz 7,7 km/l na cidade e 10 km/l na estrada com etanol, bem como 11,2 km/l e 14,1 km/l, respectivamente, com gasolina. Já a Montana tem médias de 7,5 km/l e 9,7 km/l, com etanol, e 11 km/l e 13,5 km/l, com gasolina.
Assim como acontece hoje, as variantes híbridas de Tracker e Montana continuarão produzidas na fábrica de São Caetano do Sul (SP). A unidade paulista, junto com a unidade de São José dos Campos, receberá R$ 5,5 bilhões dos R$ 7 bilhões prometidos até 2028. Porém, só a primeira terá veículos híbridos de 48 volts, como também apontou o Autos Segredos. Uma fonte ouvida por Autoesporte descartou a adoção do sistema na Spin.
As versões de Tracker e Montana que receberão o sistema híbrido ainda não foram reveladas, mas tudo indica que serão as mais caras do portfólio. Ou seja, as configurações Premier ou RS de cada modelo. O Tracker terá o visual recém-lançado na reestilização, enquanto a Montana poderá estrear o sistema híbrido junto com o facelift de meia-vida. O lançamento, como dito, acontecerá em 2026, mais precisamente no segundo semestre, já como linha 2027.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews