A Chevrolet Spin foi reestilizada em 2024 e teve, até então, a maior mudança da sua história desde o lançamento. Na época, os preços partiam de R$ 119.990 e chegavam aos R$ 144.990. Pouco mais de um ano, a opção topo de linha Premier já custa R$ 160.390. Ou seja, um aumento de exatos R$ 15.400.
Mas e com o reajuste será que ainda vale a pena investir na versão mais cara da minivan? Autoesporte mostra agora 5 razões para comprar 5 motivos para pensar bem antes de entrar em uma concessionária da Chevrolet. Confira!
O primeiro ponto para comprar a Chevrolet Spin é o consumo de combustível. Afinal, junto da remodelação feita em 2024, o conjunto mecânico foi recalibrado para deixar a minivan mais econômica.
De acordo com Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a minivan faz 7,4 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada quando abastecida com etanol. Com gasolina no tanque, os números sobem para 10,5 km/l e 13,4 km/l, respectivamente.
Isso significa que o consumo é semelhante ao do Caoa Chery Tiggo 5X, por exemplo, que ainda é um híbrido leve (MHEV). Fora isso, as medições são bem semelhantes ao do principal concorrente, o Citroën C3 Aircross.
O principal destaque da nova Chevrolet Spin foi a evolução no quesito tecnologia. Isso porque, desde a configuração de entrada, passou a adotar quadro de instrumentos digital com tela de 8 polegadas e a inédita central multimídia de 11”.
Aliás, a minivan foi o primeiro modelo da General Motors a trazer a nova geração do sistema de conectividade MyLink. Portanto, tenha a certeza de que, se você comprar a Spin, terá um sistema intuitivo, personalizável e que ainda traz conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto. Fora isso, o design das telas também é bem moderno.
Também é preciso dizer que o banco do motorista da Spin foi um dos mais confortáveis que já testei por conta do estofamento escolhido pela Chevrolet. Vale lembrar que o público principal da minivan é composto por taxistas e motoristas de aplicativo. Por isso, conforto é essencial para quem passa horas dirigindo.
Para completar, a suspensão do tipo independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira é calibrada no ponto certo. Ou seja, mesmo quando a Spin passa por asfaltos irregulares, não há um balanço significativo da cabine.
A tarefa de encontrar um carro que comporta sete passageiros de forma confortável é difícil. Mas é possível dizer que a Spin consegue cumprir bem esse papel. Com 1,66 metro de altura, consigo me acomodar com conforto em qualquer assento da minivan.
Certamente pessoas mais altas acabam ficando com certo aperto na posição das pernas, mas considerando os 4,42 metros de comprimento e os 2,62 m de entre-eixos da Spin, é possível dizer que o espaço interno é muito bem aproveitado. Isso muito por conta dos bancos corrediços da segunda fileira, que colaboram para que haja mais espaço para quem vai nos últimos dois assentos.
Fora isso, mesmo com sete pessoas, o porta-malas tem consideráveis 162 litros de capacidade. Para se ter uma ideia, a diferença não é tão grande para o compartimento do Fiat Mobi, que tem 235 litros. Mas na versão de cinco lugares, o número aumenta para 553 litros. É mais do que os 493 litros do C3 Aircross, por exemplo.
Por fim, a Chevrolet Spin ainda tem uma lista de equipamentos generosa. A versão topo de linha Premier, testada por Autoesporte, traz faróis e lanternas de LED, ar-condicionado digital, câmera de ré, saída de ar-condicionado na segunda fileira e até carregador de celular por indução.
Há também itens interessantes de segurança como controlador de velocidade de cruzeiro, sensor de chuva com ajuste automático, sensor de estacionamento traseiro, alerta de colisão frontal, alerta de saída de faixa, alerta de ponto cego, frenagem automática de emergência e indicador de distância do veículo a frente. A maioria deles não está presente no concorrente da Citroën.
Apesar de ter mudado muito com a atualização, o projeto da Spin continua sendo antigo. A minivan foi lançada em 2012 e mostra alguns sinais da idade. Há 13 anos no mercado, segue equipada com o veterano motor 1.8 aspirado, que não empolga tanto, com os 111 cv de potência e 17,7 kgfm de torque. O câmbio é automático de seis marchas.
Além disso, os ajustes dos retrovisores não são elétricos. As regulagens são feitas manualmente por meio de controle interno em um formato semelhante ao visto em carros que até já saíram de linha, como Fiat Uno e Volkswagen Polo. O mesmo acontece com os ajustes dos bancos, feitos por manoplas.
Outro ponto negativo da Spin é o isolamento acústico. O motor antigo acaba transmitindo excesso de ruídos para dentro da cabine. Só que esse problema poderia ser resolvido com uma manta acústica no capô e com materiais específicos no interior para impedir ou reduzir a propagação do som.
O desempenho também não é um dos pontos fortes da Chevrolet Spin. De acordo com os testes da Autoesporte, feitos no Rota 127 Campo de Provas, a minivan acelera de o a 100 km/h em 13,6 segundos. É uma diferença de mais de 3 segundos para o Citroën C3 Aircross, que fez o mesmo percurso em 10,7 segundos.
Mais um ponto para pensar antes de comprar a Spin é a cesta de peças, que tem um valor elevado e faz o custo de manutenção ser maior. De acordo com o Qual Comprar 2025, superguia feito por Autoesporte que avaliou 182 carros, o preço é de R$ 18.117. O conjunto de peças do C3 Aircross, por exemplo, custa R$ 10.279.
Vale lembrar que a cesta de peças cotada contempla um farol direito, um retrovisor externo direito, um para-choque dianteiro, uma lanterna traseira direita, um filtro de ar (elemento), um filtro de ar do motor, jogo de quatro amortecedores, duas pastilhas de freio dianteiras, um filtro de óleo do motor e um filtro de combustível.
Por fim, ainda que o porta-malas tenha uma ótima capacidade, o espaço poderia ser ainda maior. Isso porque os bancos rebatidos ocupam um bom espaço do compartimento. Uma solução seria repetir o ajuste escolhido para a Chevrolet Zafira, em que a modularidade funciona melhor com a possibilidade de deixar os assentos no mesmo nível do assoalho.
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Fonte: direitonews